… para atender ao mercado de servidores: eis, o novo Loongson 3D5000! Esta será uma unidade de processamento dotada de 32 núcleos, com uma frequência-base de 2.0 GHz e TDP de “apenas” 130 Watts (para uma CPU deste porte voltada para servidores, este certamente é um grande feito). O soquete a ser utilizado será o LGA-4129, além de adotar um design baseado chiplets, os quais se destacam por dispor de vários chips (módulos) integrados em uma única base, para formar uma unidade de processamento completa e funcional…
“Building large monolithic many-core CPUs is extremely hard even for renowned chip designers. For Chinese CPU developers, many of whom do not have access to leading-edge production nodes, the only way to build a processor with high core count is to adopt a chiplet design. As it turns out, this is exactly what Chinese CPU maker Loongson does with its 32-core 3D5000 processor, Sina reports.”
— by Tom’s Hardware.
A empresa já havia lançado o Loongson 3C5000, o qual conta com “apenas” 16 núcleos baseados na micro-arquitetura LA464 (compatível com o set de instruções MIPS), além de 64 MB de memória cache e 4 canais de memória RAM, compatível com o padrão DDR4-3200 (com suporte para ECC). O novo Loongson 3D5000 será composto basicamente por duas CPUs 3C5000, colocadas em uma uma única peça de substrato e assim, teremos uma unidade “dual-chip”. Dada a flexibilidade da arquitetura, poderemos combinar até 4 CPUs para totalizar 128 núcleos!
Apesar dos avanços tecnológicos da Loongson, vale lembrar que estas CPUs ainda não são poderosas o suficiente para enfrentar as CPUs da Intel e da AMD. Elas ainda utilizam uma litografia de 12nm providas pela SMIC, que por sua vez é uma fabricante de semicondutores sob o controle parcial do governo chinês. Porém, o anúncio gera grandes expectativas não só em vista da independência tecnológica da China neste campo, como também possibilita experimentar um design (chiplet) que até então, é algo relativamente novo para as empresas desta nação.
As primeiras amostras serão enviadas ainda no primeiro semestre de 2023 e até lá, teremos que aguardar para poder conferir o real desempenho destas unidades. Por se tratar de uma nova arquitetura que não utiliza os já consagrados sets de instrução x86 ou ARM, muito provavelmente estas novas CPUs serão suportadas somente por distribuições GNU/Linux “exóticas”, como é o caso dos sistemas Kylin e Deepin (ou seja, nada de Windows). Ainda assim, certamente teremos uma versão do Debian ou Fedora compatível para usar em PCs desktops “made in China”…
Pois se aparecer um desses PCs “baratinho” em terras tupiniquins… &;-D