Se existe uma distribuição que tenho uma enorme admiração, esta é o Fedora! Além de ser um dos grandes pilares que sustentam este universo (pois é utilizada como base para outros sistemas derivadas, embora não seja tão popular quanto o Debian e o Ubuntu), o Fedora se destaca por ser um dos sistemas mais inovadores, no que se refere a adoção de novas tecnologias. E ao mesmo tempo, o Fedora é marcado também por alguns problemas relacionados a estabilidade e compatibilidade, já que muitas destas inovações não estão maduras o suficiente…
“Last year Fedora and Red Hat developers began discussing the idea of dropping legacy BIOS support and to then only focus on UEFI platforms. There was a plan to deprecate BIOS support in Fedora 37 but ultimately it didn’t go through due to some cloud providers still booting VMs in BIOS mode and some systems having broken UEFI implementations. An idea has now been raised over the possibility of using U-Boot on x86 BIOS systems to provide a UEFI-like experience from the Fedora perspective.”
— by Phoronix.
Dentre as próximas mudanças previstas para as futuras versões do Fedora, a principal delas está na remoção do suporte legado para os equipamentos que (ainda) utilizam o (não tão) bom e velho BIOS, que há tempos foi substituído pelo moderno (e polêmico) UEFI. Esta idéia não é algo relativamente novo, pois já haviam discussões sobre a sua implementação desde o ano passado (2022). Mas infelizmente foi descartada, em vista de alguns provedores de nuvem que ainda inicializavam VMs no modo BIOS, além de alguns sistemas com implementações de UEFI quebradas (e por isto, utilizavam a BIOS como “plano B”).
Neal Gompa (desenvolvedor do Fedora) sugeriu a idéia de utilizar o U-Boot (um bootloader popular em plataformas ARM e que fornecer um ambiente semelhante ao UEFI) para os sistemas compatíveis apenas com o BIOS e assim, tornaria possível o uso das novas edições da distribuição nesta classe de equipamentos. No momento, esta idéia está apenas sendo discutida na lista de discussão dos desenvolvedores do Fedora e dependendo do aval dos contribuidores, ela pode se tornar uma nova solução para executar o Fedora Linux em sistemas BIOS x86.
Confesso que antes utilizava o BIOS (ao invés do UEFI) em vista da sua grande maturidade (+30 anos) e apesar de sofrer com algumas limitações tecnológicas, ela possui recursos mais que suficientes para atender as minhas necessidades (por exemplo, não posso utilizar mais do que 4 partições primárias em uma unidade de armazenamento). Por fim, os problemas e inconvenientes causados pelo SecureBoot também me fizeram adiar ainda mais, a migração para o UEFI! Somente após a aquisição do meu atual Mini PC, é que passei a utilizá-la de vez.
Descanse em paz, BIOS! E torçamos para que o UEFI não deixe a desejar… &;-D