Que as gerações mais novas estão mais bem familiarizadas com a tecnologia (se comparadas com as gerações mais antigas), isto todos nós já sabemos! No entanto, a maneira de como eles se relacionam com estas inovações tecnológicas e tiram proveito das vantagens oferecidas por ela, tem sido o centro das discussões feitas por especialistas de diversas áreas. E com a Inteligência Artificial (IA), não tem sido diferente, apesar dos alertas feitos em relação ao seu uso…
“It’s not a hallucination. The youngest generation entering the workforce may be the most prepared to champion and use generative artificial intelligence at work. For months, many of these up-and-comers have been exploring the technology’s capabilities, sharpening their skills and learning how to best apply it to their tasks at hand. And while some are cautious about AI’s potential harms, many are more fascinated than they are worried about the technology.”
— by ITProToday.
Mas apesar das inúmeras vantagens da sua utilização como ferramenta de suporte para o desenvolvimento das atividades, a (maior) principal preocupação está no fato de que podemos nos tornar “dependentes” de sua capacidade em prover os recursos para a execução dos trabalhos que ela propõem, destacando-se a geração conteúdo (textos escritos, códigos de programas, gráficos & imagens), além da análise de dados e automação de processos. Mesmo assim, a geração Z não parece preocupada com estas implicações e utiliza a IA, sempre que possível.
Eis, a constatação da Danielle Abril (editora do The Washington Post), ao publicar um interessante artigo sobre a utilização por parte dos diversos estudantes e profissionais, que fazem parte da geração Z (nascidos entre 1997 a 2012). Enquanto que alguns a utilizavam como ferramenta de apoio para o aprendizado e a execução de trabalhos relacionados as atividades acadêmicas (inclusive com o incentivo e apoio das instituições de ensino), já outros não abrem mão das vantagens e benefícios que elas oferecem no trabalho!
Por ser uma geração digital “nativa” (pois eles já nasceram com os computadores à sua volta) e pelo fato da sua presença no mercado de trabalho só aumentar com o passar dos anos (atualmente eles são +13%, segundo os dados da Bureau of Labor Statistics, EUA), em um futuro não muito distante teremos profissionais de TI que estarão profundamente integrados com as ferramentas que fazem o uso da IA. Eis, a questão: seria este, o momento ideal para moldar as experiências de uso da IA e nestes processos, promover as melhores práticas de uso?
Independente dos conceitos (e preconceitos) em relação ao uso e aplicação da IA, uma coisa é certa: ela veio para ficar! No entanto, deveremos estar mais atentos com as transformações (tanto positivas quanto negativas) que a IA terá na TI, além de consolidar práticas e experiências que não só tornem as nossas vidas mais fáceis (em todos os aspectos), como também conduzir este processo de forma a executá-los das formas mais construtivas e saudáveis, reduzindo (ou até mesmo eliminando) a possível dependência em relação ao seu uso.
Pois ainda acredito que o talento continua sendo insubstituível… &;-D