Há alguns anos, fiz um rápido passeio em um popular shopping de Informática situado no centro da cidade, chamado PromoInfo. Em uma das lojas, me deparei com uma pequena caixinha “que cabia na palma da mão” e o atendente havia me explicado que estes eram os NUCs (Next Unit of Compute), computadores ultra-compactos fabricados pela Intel e que tinham no seu coração uma CPU de baixíssimo consumo, além dos demais componentes integrados em sua placa-mãe. Nem é preciso dizer que me apaixonei de cara pelo equipamento…
“We have decided to stop direct investment in the Next Unit of Compute (NUC) Business and pivot our strategy to enable our ecosystem partners to continue NUC innovation and growth. This decision will not impact the remainder of Intel’s Client Computing Group (CCG) or Network and Edge Computing (NEX) businesses. Furthermore, we are working with our partners and customers to ensure a smooth transition and fulfillment of all our current commitments – including ongoing support for NUC products currently in market. (Source: Intel)”
— by ServeTheHome.
Esta nova categoria de PCs ultra-compactos não só se popularizou, como também evoluiu para outros formatos, que vão do clássico NUCs aos poderosos Extreme (Canyon), que por sua vez não só contavam com as CPUs de alta performance fabricadas pela Intel, como também designavam um bom espaço para a instalação de uma placa de vídeo dedicada, respeitando as dimensões (não tão) minimalista dos seus gabinetes. E graças a participação dos demais fabricantes, passamos a ter uma maior variedade de equipamentos, já que grandes marcas como a ASUS/ASRock, Gigabyte, MSI e outros, passaram a investir nesta categoria de PCs.
Exceto a Intel: a empresa comunicou por e-mail aos seus parceiros que a partir de agora, não irá investir mais nos mini-PCs NUC e por isto, deixará de fabricá-los! No entanto, isto não quer dizer que esta categoria irá acabar, já que ela irá continuar incentivando terceiros a investirem nesta linha de produtos, como é o caso da ASRock (que já está fabricando as suas próprias placas-mãe para este formato), bem como outros fabricantes como a Dell e a Lenovo que apesar de não adotar este formato, também possuem as suas linhas de PCs ultra-compactos.
Embora o anúncio tenha sido feito recentemente, na prática a empresa já estava adotando algumas mudanças, com o objetivo de não competir com os seus próprios parceiros. Antes disso, ela também já havia abandonado o mercado de equipamentos para servidores, vendendo a sua divisão para a MiTAC e agora, ela irá se concentrar apenas nos segmentos Client Computing Group (CCG) e Network and Edge Computing (NEX), provendo as suas soluções CPUs, GPUs e outros chips para os demais fabricantes de equipamentos de hardwares e redes.
O que mais posso dizer? Que pena! Em vários momentos já havia considerado a possibilidade de adquirir um destes equipamentos, cogitando até mesmo as caras edições Canyon, para contar com as suas placas de vídeo. Embora não seja com o propósito de rodar jogos (pois já estou no meu terceiro console Xbox), dispor de uma GPU (mesmo que de baixa potência) seria interessante para rodar aplicações que façam o uso da sua capacidade de cálculos matemáticos, ao mesmo tempo que desafogaria o acesso compartilhado ao principal subsistema de memória RAM.
Será que as alternativas manterão o mesmo padrão de qualidade? Sei não… &;-D