Já contei esta história em uma outra oportunidade, ao publicar uma novidade sobre a atualização do Vim, um poderoso editor de textos de código aberto e muito utilizado por desenvolvedores e administradores de sistemas Unix. Na época em que dei os meus primeiros passos no uso de sistemas GNU/Linux, ele teve um impacto negativo nas minhas experiência pessoais e se não fosse a minha insistência, a minha história com o Tux poderia ter sido bem diferente! Tempos depois, conheci outros editores de textos mais simples e básicos, com destaque para o popular Nano…
“GNU nano 8.0 command line text editor for Unix-like operating systems is now available for download as a major update introducing new features and various improvements. (…) GNU nano 8.0 (codename “Grus grus”) is available for download right now from the official website if you fancy compiling it from sources. If that’s not your cup of tea, you must wait for the new release to arrive in the stable software repositories of your favorite GNU/Linux distribution.”
— by 9to5Linux.
Diferente do Vim, o Nano é uma ferramenta mais modesta e “acanhada”, oferecendo tão somente os recursos essenciais para a edição de arquivos de textos diversos (simples notas, códigos & scripts, configurações, templates, etc). Por isto, as atualizações que ele recebe geralmente são pontuais e se limitam a trazer apenas otimizações e correções, embora algumas melhorias também sejam integradas. Mas não para a versão 8.0: por se tratar de uma edição “major release”, foram trazidas muitas novidades para este simples editor de textos! Em destaque, a atualização de uma série de recursos que podem ser acionados através de atalhos (combinação de teclas que ao serem pressionadas juntas e/ou em sequência).
O Nano utiliza de forma intensiva a tecla CONTROL, que por sua vez é referenciada em publicações através do uso do acento circunflexo (^). Por isto, os novos recursos acabam trazendo mudanças nas combinações de teclas, como é o caso da pesquisa direta através de ^F e ^B, ao passo que as operações triviais para a edição de textos também foram relacionadas: ^Q para sair, ^X para cortar, ^C para copiar, ^V para colar, ^Z para desfazer, ^Y para refazer, ^O para abrir um arquivo, ^W para escreve um arquivo e ^R para substitui, entre outras não tão utilizadas. Em alguns casos, a tecla ALT também é acionada para outras funções, relacionadas ao posicionamento do cursor durante a edição de texto (ALT+Home e ALT+End, por exemplo).
Por fim, a nova versão do Nano adiciona suporte para limpar o buffer de pressionamento de tecla, sempre que ocorre um erro que interrompe a execução de uma macro (ou de uma ligação de string) e mapeia o código para a escala de cinza do xterm, em um código de cores baseado no padrão #RGB. Para aqueles que desejam experimentar um dos mais populares editor de textos para sistemas Unix, será necessário baixar o código-fonte no site oficial e realizar a sua compilação manual. Mas se não tiverem muita pressa, poderão também aguardar um pouco mais, para que os mantenedores da sua distribuição GNU/Linux preferida ofereçam pacotes pré-compilados do editor de textos para as versões mais recentes.
Embora o Nano não seja “melhor” que o Vim, certamente é o mais “adorado”! &;-D