Como de praxe, Linus Torvalds lança as atualizações pontuais para o kernel Linux a cada 3 ou 4 meses, torcendo para que elas sejam “tão monótonas o quanto possível” (pois na sua visão, quando mais “tranquilidade e calmaria”, melhor). E pelo visto, o kernel Linux 6.13 se enquadra neste contexto, por ter sido disponibilizado como edição estável e pronto para a produtividade, após a “calmaria” desta última semana! Então, quais são as novidades que esta nova edição terá?
“Linus Torvalds announced the official release of the new Linux kernel 6.13 with a lighthearted update: “So nothing horrible or unexpected happened last week, so I’ve tagged and pushed out the final 6.13 release.” Now, let me walk you through the key updates and features it brings. One of the most talked-about enhancements in kernel 6.13 is the introduction of lazy preemption, a clever compromise between the conventional voluntary and the full preemption modes.”
— by Linuxiac.
Dentre as principais melhorias, está a “preempção lenta” (lazy preemption), a qual irá se estabelecer como um meio-termo entre os modos de preempção completa e voluntária: a primeira exige uma certa carga de processamento no sistema para que a troca de tarefas possa ser feita de forma instantânea, ao passo que a segunda irá reduzir o tempo de resposta entre elas, para diminuir a carga no sistema. Para tornar as experiências de uso mais agradáveis, a preempção lenta irá possibilitar a troca de tarefas de forma mais efetiva que o modo voluntário, sem os custos de carga de processamento do modo completo. Provavelmente este recurso será bem vindo nos portáteis, para garantir uma melhor alternância de aplicações (através de ALT+TAB) sem aumentar o consumo de energia.
Já para as arquiteturas ARM, teremos duas adições importantes. A primeira é a ARM Confidential Compute Architecture (ARM CCA), a qual possibilita executar o Linux dentro de uma VM protegida, reforçando o isolamento das instâncias e promovendo uma maior defesa contra uma gama mais ampla de ataques. A segunda é o recurso User-Space Shadow Stacks, que é frequentemente chamado de Guarded Control Stack (GCS) na documentação do ARM e protege os endereços de retorno em uma pilha protegida por hardware, sendo projetado para frustrar ataques de programação orientada a retorno (ROP), além de simplificar a criação de perfil e a depuração, fornecendo rastreamento automático de pilha de chamadas.
Para o armazenamento, teremos as gravações atômicas o sistema de arquivos XFS, aperfeiçoamentos do Direct I/O do Ext4 e certos modos RAID, que combinados com o suporte a hardware, tornaram tais tecnologias mais confiáveis. Já para redes, o sistema terá um desempenho maior ao introduzir um método que alterna a suspensão NAPI de forma automatica, garantindo que os sistemas permaneçam eficientes quando o tráfego é leve, ao mesmo tempo em que reduz a sobrecarga quando a demanda da rede aumenta, sem contar ainda a nova API de dispositivo flexível para configurar a modelagem de hardware de transmissão (modelagem TX H/W), para otimizar o fluxo de pacotes, a largura de banda e a qualidade de serviço, para diferentes perfis de tráfego designados para as interfaces de redes.
Entre outros melhorias, benefícios, adições, mudanças, etc. Para aqueles que desejam obter as informações adicionais sobre a nova edição do kernel Linux, sugiro consultar as publicações feitas pelo portal LWN (aqui e aqui). Ou ainda, acompanhar regularmente as publicações do portal Phoronix sobre o kernel.
Mas não se assustem com o (enorme) volume de informações… &;-D