Um dos aspectos mais interessantes em relação ao kernel Linux (especialmente nestes últimos anos), está no fato de que muitas tecnologias, protocolos e padrões da indústria, são implementados inicialmente para este sistema, devido a sua natureza aberta! Quando eles chegam ao mercado, já se encontram plenamente suportados pelas principais distribuições GNU/Linux! Inclusive, muitas informações (e vazamentos) são obtidas justamente a partir dos anúncios referentes as atualizações regulares, providas para o kernel Linux…
“The Linux kernel continues making preparations around the very exciting Compute Express Link (CXL) thanks to the work of Intel engineers. The CXL changes were submitted on Tuesday for Linux 6.0. The big CXL feature add this cycle is the initial infrastructure around CXL region provisioning. Dan Williams of Intel sums up the CXL changes for Linux 6.0…”
— by Phoronix.
Uma deles é o Compute Express Link (CXL)! Este é um novo padrão desenvolvido principalmente pela Intel, tendo como objetivo o estabelecimento de conexões entre a unidade central de processamento (CPU) e os demais componentes do sistema (memórias e dispositivos em geral) para o alto tráfego de dados, utilizando para isto as velozes conexões baseadas no padrão PCI-Express. A sua aplicação é voltada para datacenters e visa promover a interoperabilidade entre sistemas de diferentes fabricantes, sendo estabelecido um consórcio para o seu desenvolvimento, além de contar com um grande número de grandes empresas de Tecnologia da Informação.
Mas ao contrário das minhas expectativas, a sua implementação no kernel Linux ainda é superficial, pois embora ela tenha sido lançado em 2019, já temos disponíveis as especificações da versão 3.0 (lançadas recentemente). Segundo Dan Willians (engenheiro da Intel responsável pelas implementações), o suporte ao CXL “aborda apenas o provisionamento de memória persistente e somente para a parte de configuração de decodificação do processo”, bem como outros avanços relacionados aos subsistemas e drivers do kernel. Tais implementações já apareceram na árvore linux-next e desde então, têm recebido uma grande atenção por parte dos desenvolvedores, em relação as correções e limpeza de código.
Porquê esta novidade me chamou a atenção? Simples: além de ser um assunto ligado ao Linux & Software Livre (que por si só, já dispensam os comentários), estamos vivendo um momento muito especial na indústria de TI, na qual os serviços estão migrando para as nuvens e por isto, uma série de novidades e inovações estão chegando no mercado, para prover o suporte necessário para toda a demanda gerada pelas ofertas disponíveis! Em se tratando de tecnologias, protocolos e padrões voltados para a infraestrutura em geral, estar bem informado será essencial para a minha atuação profissional, seja lecionando ou trabalhando na área.
Sem contar que não sei P**** nenhuma sobre o assunto… &;-D