De todos os componentes eletrônicos de um PC desktop, o único que eu olho “de cara feia” são os HDDs (hard disk drives), também conhecidos pela geração “das antigas” como winchester! Por ser dotado de uma natureza mecânica, na qual os dados são armazenados em um prato magnético, lidos através de um cabeçote de leitura e que por sua vez, é suportado por um braço mecânico e acionado por um atuador, eles são particularmente sensíveis a uma série de variáveis de ambiente, como temperaturas, poeiras, umidades, impactos mecânicos…
“Windows 11 PC manufacturer may use platter-based hard drives or Solid State Drives, as current requirements focus on storage space exclusively. According to the Windows 11 minimum system requirements, Windows 11 devices need to have at least 64 Gigabytes of storage. One operating system feature, DirectStorage, requires an NVMe SSD, but it is an optional feature that would just not be available on devices with classic hard drives or non-NVMe Solid State Drives. DirectStorage promises to improve the loading performance of PC games.”
— by gHacks.
Por isto, quanto os primeiros SSDs chegaram no mercado, fui um dos primeiros a abandonar (de vez) os HDDs! Na época, adquiri uma modesta unidade SSD baseada na conexão SATA com míseros 40 GB e apenas 35 MB/seg de escrita e mesmo com estas limitações, ela praticamente deu uma nova vida para o meu antigo EeePC 901HD! Desde então, nem “chego perto” dos antigos HDDs, que apesar de estarem sendo gradativamente substituídos pelos SSDs, eles ainda teimam em resistir e continuam sendo utilizados em PCs desktops. Não mais: no que depender da Microsoft, eles serão definitivamente extintos!
A empresa está pressionando os fabricantes de PCs desktops, para montar e comercializar as suas novas máquinas com SSDs pré-instalados, com o objetivo de atender aos novos requisitos do sistema operacional Windows 11. O seu novo sistema requer que pelo menos 64 GB de armazenamento em estado sólido estejam disponíveis exclusivamente para o sistema (de preferência baseado no padrão NVMe), para que o recurso DirectStorage possa ser habilitado com o objetivo de melhorar a performance geral do sistema, no ato de carregamento dos jogos.
No entanto, este recurso (até então) é opcional e mesmo que a máquina seja dotada com SSDs não NVMe (como os baseados em conexões SATA e mSATA), eles não oferecem o desempenho mínimo necessário para suportar o recurso em questão. Para variar, muitos fabricantes também não estão muito satisfeitos com estes requisitos, já que estas unidades encareceriam o valor final do equipamento. E mesmo que fosse usados SSDs NVMe de alta qualidade mas com capacidade de armazenamento reduzida, tais máquinas perderiam um grande atrativo para as suas vendas! Afinal de contas, quem compraria um PC gamer com apenas 512 GB de SSD?
Apesar de não gostar da imposição da Microsoft (pois existe a possibilidade dela colocar estes requisitos como obrigatório a partir de 2023), concordo com a sua posição APENAS se os equipamentos em questão forem designados para o mercado de jogos. Caso contrário, este será mais um tiro no pé da empresa para a popularização deste sistema! Apesar de contar com uma interface bem construída e otimizada, ele deixou bastante a desejar por impossibilitar o upgrade em máquinas mais antigas, não só devido aos requisitos mínimos do sistema como também a obrigatoriedade de contar com chips dotados da tecnologia TPM.
Enquanto isso, o Debian Linux voa em meu nettop com +7 anos de idade… &;-D