Eis, a realidade: linuxers e aficcionados em geral, não “curtem” a Microsoft (especialmente na época em que eram dirigidas por Bill Gates e Steve Ballmer), em vista de suas investidas contra o Linux e o Software Livre, em um passado não muito distante. Porém, é inegável que a partir de Nadya Satella (atual CEO), a empresa mudou a sua visão em relação ao Linux & Software Livre, passando a promovê-los e patrociná-los, chegando ao ponto de até mesmo declarar que “ama o Linux” (obviamente, muitos linuxers não acreditam nisso)…
“The latest version of Microsoft’s Visual Studio Code code editor focuses on improvements to the toolbar and autoscrolling, as well as Git repos. Unveiled October 6, Visual Studio Code 1.72 is also known as the September 2022 release, as it features fixes and features from last month. Toolbar customization in VS Code 1.72 lets developers hide actions from the toolbar. Users can right-click on any action in a toolbar and choose its hide command or any of the toggle commands. Hidden actions are moved to the More Actions menu and can be invoked from there.”
— by InfoWorld.
Dentre as contribuições feitas pela empresa, está o lançamento do ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) Visual Studio Code, ou simplesmente VS Code! Licenciada sob os termos da licença do MIT (compatível com a GNU GPL, embora sem copyleft), o VS Code é considerado uma das melhores ferramentas para a edição de código do mercado, em virtude de sua leveza, flexibilidade e adaptabilidade, além de ser compatível várias linguagens de programação. Por isto, muitos linuxers utilizam esta IDE como a sua principal ferramenta de desenvolvimento.
A partir da versão 1.72, o VS Code trará algumas melhorias relacionadas a integração com o Git, como o suporte à descoberta de repositórios Git aninhados (um recurso solicitado há tempos), além de aprimoramentos para o uso de chaves para conexões remotas via SSH. Para os repositórios Git com vários controles remotos, invocar o comando fetch agora irá exibir uma rápida seleção (Quick Pick) com uma lista de todos os controles remotos disponíveis. Além disso, suporte para novos comandos também foi integrado para abortar uma operação de mesclagem em andamento (abort merge) e por fim, os usuários podem fazer login no GitHub Enterprise Server sem precisar de um token de acesso pessoal (PAT).
Além das melhorias técnicas, a usabilidade também não foi deixada de lado! A partir de agora, os desenvolvedores poderão realizar personalizações na barra de ferramentas do VS Code, possibilitando ocultar ações específicas dela, através de um simples clique com o botão direito do mouse. As ações ocultas são movidas para o menu “Mais ações” e a partir daí, poderão ser utilizadas sem maiores inconvenientes. O editor também trouxe melhorias relacionadas a velocidade da rolagem automática da tela, dependendo da posição em que se encontra o cursor do mouse. Por fim, o foco também foi aprimorado, tornando-se visível de acordo com o posicionamento do mouse em relação a área do editor em questão.
Além de outras pequenas melhorias, otimizações e correções de erros…
Venho experimentando o VS Code desde que iniciei os meus treinamentos em Python. Inicialmente, como alternativa ao PyCharm (que por algum motivo, não funcionou bem em meu modesto sistema, travando com uma certa regularidade) e tempos depois, em vista da exigência da instituição em que leciono (SENAC Rio). A instalação se deu de forma tranquila e sem maiores problemas, embora tenha sido feita manualmente através de um pacote DEB pré-compilado para a minha plataforma, baixado no site oficial da ferramenta. De fato, a IDE da Microsoft é relativamente fácil de usar e se mostrou muito útil para o planejamento das minhas aulas básicas de programação (uma pena que não pude usá-la no laboratório, devido a alguns problemas técnicos).
Mesmo assim, dei conta do recado com uma simples VM com o Debian Linux… &;-D