Os navegadores WEB fazem parte de uma categoria de softwares que dou uma atenção muito… especial! Por se tratarem de aplicações que acessam diferentes tipos de sites, estabelecem conexão com outros servidores na Internet, baixam conteúdos diversos e executam scripts & códigos, é fundamental escolher um navegador que preza pela segurança e estabilidade. Por isto, o Mozilla Firefox ESR (Extended Support Release) se tornou o meu preferido, pois além do apreço especial que tenho por ele, por promover atualizações mais conservadoras…
“Mozilla plans to add support for Manifest v3 browser extensions to its online store – addons.mozilla.org – so developers can have them cryptographically signed for distribution. Manifest v3 (Mv3) refers to a set of APIs and capabilities that are intended to become the new standard for browser extensions. It’s a software architecture revision initially proposed by Google for Chromium-based browsers and subsequently endorsed by Mozilla for Firefox (Gecko-based) and by Apple for Safari (WebKit-based).”
— by The Register.
Inclusive, raramente faço o uso de extensões, plugins e outros adendos, com o objetivo de garantir a sua máxima performance e minimizar as suas vulnerabilidades, pois nem todas elas são desenvolvidas com o mesmo padrão de qualidade e segurança em mente. Ou talvez, eu esteja enganado: a Mozilla planeja adotar adicionar suporte para extensões de navegador Manifest v3 à sua loja online (addons.mozilla.org) para que os desenvolvedores possam tê-los assinados criptograficamente para sua distribuição e uso!
O Manifest é uma arquitetura de software (API) feita para o desenvolvimento de extensões, dando-lhes acesso aos recursos do navegador WEB e conferindo certos privilégios, como o poder de definir regras para o bloqueio de conteúdos indesejados, além de garantir a privacidade do usuário. A versão atual é a v2 que, apesar de ser mais eficiente que a própria v3, possui algumas falhas de design que possibilitam a criação de extensões maliciosas com base nela. Por isto, foi feita uma revisão que culminou na criação da nova versão.
O problema é que a Mv3 teve determinados recursos limitados pelo Google justamente para garantir que as novas extensões sejam mais seguras, eficientes e privadas e por isto, existe a crença de que ela tornará o bloqueio de conteúdo mais difícil de executar, se comparada com a versão anterior. Por isto, a Mozilla irá fornecer aos desenvolvedores o acesso para as APIs que o Google considera “problemáticas”, como é o caso do suporte para o bloqueio de Web Request (o qual o Google substituiu em favor da declarativeNetRequest).
Estas mudanças só estarão disponíveis a partir do Firefox 109, que por sua vez está com o lançamento agendado para o “longínquo” mês de janeiro do ano que vem (17/jan). Porém, os desenvolvedores já podem fazer o uploado das extensões Mv3 a partir da próxima segunda-feira (21/nov). Aqueles que usam as edições voltadas para o desenvolvimento (como o Firefox Nightly e o Developer Edition) poderão testar extensões refatoradas para as novas regras antes mesmo dos demais usuários, se assim desejarem.
Pelo visto, os usuários das edições ESR terão que esperar mais… &;-D