Eis, o grande dilema enfrentado pelas formações voltadas para Ciências Exatas: a admissão de mais mulheres (e outras diversidades de gênero) em áreas e formações que em geral, são predominantemente ocupada por homens (muitos dos quais, nem sequer possuem todas as habilidades e competências necessárias, diga-se de passagem)! No caso da Tecnologia da Informação, além das dificuldades técnicas inerentes das profissões de TI em geral, também temos que levar em conta uma série de fatores sócio/culturais, que acabam trazendo impactos negativos para o aumento da representabilidade feminina…
“Over the years, STEM (science, technology, engineering and mathematics) fields have become the backbone of innovation and progress in our increasingly digital world. However, a significant gender gap persists in these areas, with female representation dramatically lagging behind. In fact, despite being half the population, women constitute only 26% of the tech workforce, with Latina, Black and Indigenous women representing less than 10%. One way to combat this disparity is by improving inclusive education in tech for girls at an early age.”
— by CompTIA Spark.
Através do seu blog oficial, a CompTIA Spark (uma iniciativa que tem como principal objetivo, promover o engajamento de novos estudantes para as carreiras de TI) publicou um artigo o qual promove a inclusão das mulheres na Tecnologia, com ênfase nas ações voltadas para melhorar a educação inclusiva em nas áreas tecnológicas, para as jovens desde a tenra idade. Dentre os vários tópicos que foram abordados, destacam-se a importância do assunto, as barreiras para as meninas, o impacto positivo delas na tecnologia e as ações necessárias.
Na visão da instituição, a diversidade “não significa apenas cumprir uma cota representativa, mas sim tratar-se de desbloquear uma riqueza de talentos e perspectivas até então, inexplorados”. Concordo plenamente! Há alguns anos, até escrevi um artigo para o antigo Guia do Hardware sobre o assunto, ressaltando que as suas particularidades combinadas com as habilidades comportamentais (softskills), as tornam perfeitas para atuar em áreas que requerem uma interação mais humana, como é o caso do atendimento e suporte técnico.
A seguir, a diversidade também acaba proporcionando um ambiente mais criativo, dinâmico e inovador, além de possibilitar a formação de equipes capazes de prover as soluções necessárias, para resolverem problemas mais complexos. No entanto, algumas barreiras acabam impedindo as jovens de prosseguirem nestas áreas, destacando-se o preconceito de gênero (estereótipos), a falta de confiança (expectativas sociais e as noções preconcebidas sobre os papéis de género) e a falta de representação (falta de mulheres como referências).
Por fim, o artigo promove uma série de ações e iniciativas, em prol do seu engajamento nas áreas de Tecnologia, destacando-se a criação de um ambiente mais inclusivo para as mulheres, as reformas educadoras para eliminar preconceitos de gênero na educação tecnológica, a promoção de modelos e referências através do destaque de mulheres bem sucedidas, a colaboração entre a indústria e as instituições educacionais através de estágios, workshops e programas tecnológicos e a capacitação das jovens, através da construção de um mundo mais inovador, equitativo e próspero para todos.
Quanto as iniciativas políticas, bem: não tenham muitas expectativas… &;-D