Não gostou do navegador Microsoft Edge? Sinto-lhe dizer, mas…

… você vai ter que usá-lo assim mesmo! Caso você seja um pobre coitado usuário da plataforma Windows (eis, a realidade de +90% dos usuários), será obrigado a usar o navegador WEB da Microsoft, caso necessite acessar determinados links a partir de aplicações e serviços integrados ao sistema, mesmo optando por utilizar outros navegadores como o Google Chrome, o Firefox ou o Ópera. Isto ocorre porque ela implementou um protocolo especial, o qual foi designado para burlar as próprias configurações de navegador padrão, para acessar os links relacionados aos seus produtos e serviços…

“Microsoft is not doing this for all web links – it hasn’t completely rejected browser choice. It applies the microsoft-edge:// protocol to Windows 10 services like News and Interest, Widgets in Windows 11, various help links in the Settings app, search links from the Start menu, Cortana links, and links sent from paired Android devices. Clicking on these links will normally open in Edge regardless of the default browser setting.”

— by The Register.

Em 2017, o desenvolvedor Daniel Aleksandersen criou o EdgeDeflector, uma ferramenta que intercepta o mapeamento do protocolo microsoft-edge://, para evitar que os links desejados sejam abertos pelo Microsoft Edge e sim, no navegador WEB definido como padrão do sistema. No entanto, uma atualização recente para o Windows 11 impedirá que os links “associados” ao Microsoft Edge (através do uso do protocolo em questão) sejam controlados por aplicativos de terceiros. Resumindo: não há como alterar este comportamento e para o desenvolvedor em questão, ele acredita que isto é uma prática anti-competitiva!

Tanto o Firefox quanto o Ópera também possuem mecanismos similares. No entanto, eles deixarão de funcionar a partir do momento em que a atualização 22494 para o Windows 11 for instalada. Se já não bastasse, o fato de que alterar o navegador padrão neste sistema também se tornou uma tarefa para lá de entediante, já que o usuário será obrigado a atribuir todos os links e os tipos de arquivos que deverão ser abertos para este navegador, através das “intuitivas” caixas de diálogo extras que o Windows abre para promover as alterações. Felizmente, os navegadores alternativos já oferecem atalhos para realizar as mudanças em questão, sem maiores percalços.

Apesar das críticas por parte dos líderes dos navegadores alternativos, em parte até concordo com as mudanças feitas pela Microsoft, desde que os links redirecionados em questão sejam para as páginas dos seus produtos e serviços. Em geral, tanto a Microsoft como o Google e a Apple, realizam implementações em seus navegadores, de forma a oferecer uma maior integração com as ofertas hospedadas em seus portais. A utilização de um navegador alternativo poderá trazer sérios problemas, em relação a compatibilidade e o suporte para os recursos e as funções especiais, afetando bastante a experiência de uso por parte dos seus usuários.

Mas algo me diz que essas práticas não vão parar por aí… &;-D