Abandonei os PC voltados para jogos em 2008 e passei a priorizar os consoles de videogames, em vista de algumas vantagens que esta plataforma oferece: baixo custo, facilidade, simplicidade, comodidade, além das boas experiências de uso. No entanto, o principal aspecto negativo está na questão dos exclusivos, que são títulos de jogos que se encontram em apenas uma única plataforma. Tão ruim, que considero retornar para os PCs, caso alguns títulos que eu aprecie muito não estejam disponíveis para o Xbox e outras plataformas que costumo usar…
“Phil Spencer doesn’t just want Xbox games on other consoles. He wants other video game retailers on Xbox, too. In an interview with Microsoft’s CEO of Gaming during the annual Game Developers Conference, Spencer told Polygon about the ways he’d like to break down the walled gardens that have historically limited players to making purchases through the first-party stores tied to each console. Or, in layperson terms, why you should be able to buy games from other stores on Xbox – not just the official storefront.”
— by Polygon.
Mas no que depender de Phil Spencer (CEO de jogos da Microsoft), esta realidade irá mudar: além de disponibilizar os títulos exclusivos da plataforma Xbox para outras plataformas, o “tio Phil” também se mostra favorável que outras empresas comercializem os seus jogos, através de suas próprias lojas virtuais no Xbox! Assim, seria possível ter uma experiência mais parecida com a plataforma PC, que por sua vez vem crescendo bastante nestes últimos anos, em vista da liberdade que oferece para a aquisição de novos títulos em diferentes lojas.
No entanto, esta abordagem traria profundas mudanças em relação a produção e a comercialização dos consoles, pois em vista do seu ecossistema fechado (com uma única loja virtual para realizar a venda dos jogos e demais conteúdos), o valor final do equipamento é subsidiado. Sim, muita gente (ainda) não sabe, mas os consoles são vendidos a valores que na maioria das vezes, são até mais baixos que o próprio custo de produção! No entanto, em vista da necessidade de vender os jogos mais caros, a plataforma deixa de ser atraente para os novos jogadores.
Por estes (e outros motivos), Spencer deseja quebrar esse “jardim murado” e inaugurar uma nova era para os consoles de videogames, tornando-os mais abertos e inclusivos, além de promover novas experiências de entretenimento, por poder contar com os mesmos jogos em diferentes plataformas e modos de interação. A quebra da exclusividade de alguns títulos seria apenas o começo. Será que um dia, poderemos comprar novos consoles sem se preocupar se os títulos preferidos estarão disponíveis (ou não), além de poder adquiri-los em diferentes lojas?
Na minha opinião, os novos consoles deveriam ser baseados na arquitetura ARM, compactos e acessíveis (entre US$ 300 a 350) e delineados para rodar os jogos na definição Full-HD (1080p) por padrão (com suporte para o upscaling), além de ser compatível com as principais APIs gráficas disponíveis (Vulkan e DirectX). Eles também deverão dispor de sistemas operacionais abertos (baseados em GNU/Linux ou FreeBSD) e desenvolvidos de forma independente, além de promover os padrões abertos. Por fim, a plataforma de referência deverá ser atualizada a cada 3 ou 4 anos, para tornar os aparelhos capazes de acompanhar a evolução tecnológica e rodar os jogos mais recentes. Isto seria possível, “tio Phil”?
Tão aberto e inclusivo, que talvez uma CPU RISC-V seja a melhor escolha… &;-D