Ao contrário da grande maioria, raramente adoto sistemas operacionais e softwares recém-lançados que possuem edições “.0”, por causa da grande possibilitade de nos defrontarmos com falhas e instabilidades. Por isso, sempre aguardo o primeiro pacote de atualizações (que em geral, são grandes) para enfim, desfrutar as maravilhas proporcionadas pelo jogo! Mas em relação a Outriders (RPG em 3a. pessoa focado em modo multiplayer cooperativo recém-lançado), resolvi baixá-lo logo assim que ele foi disponibilizado…
“A new Outriders patch was released today by developer People Can Fly. This isn’t the update that restores the items lost by some players, but it does include a large number of fixes to crashes and all sorts of bugs. There are also some balance tweaks (mostly against those pesky sniper foes) and PC-specific improvements, such as an increased range for the Field of View slider (from 90 to 130). Also, players needn’t worry anymore about the game’s crash dumps piling up on their storage.”
— by WCCFTech.
Criei o meu personagem, joguei por alguns minutos e concluí as missões iniciais (só para “sentir o gostinho” do jogo). Após isto, deixe-o de lado para jogá-lo “de fato” apenas após as primeiras atualizações. Porém, ao revisitar novamente o jogo para conferir as mudanças, ele recomeçou praticamente “do zero” e o meu inventário “foi para o beléleu”! Desde então, venho acompanhando as atualizações deste jogo promissor, mas para o meu desespero, as últimas atualizações AINDA não reparam a falha em questão. Embora traga várias pequenas melhorias em termos de jogabilidade e equilíbrio, além de outras correções que também se fazem necessárias, o principal defeito sequer foi corrigido!
Por ter obtido o jogo via Game Pass, não precisei pagar pelo valor cheio de lançamento. Senão, estaria profundamente arrependido! Esse é um problema bem antigo e que em geral, afeta especialmente os jogos de mundo aberto. Assassin’s Creed: Unity, Mass Effect: Andromeda, No Man Sky, Fallout 76 e mais recentemente CyberPunk 2077, são apenas alguns exemplos de jogos que tiveram o seu lançamento comprometido e reputação afetada, apesar da maioria deles conseguirem se recuperar a tempo para se mostrarem rentáveis. Não seria o momento de se repensar no processo de desenvolvimento e lançamento destes jogos, ainda mais nestes tempos em que a tendência é deles se transformarem em “GaaS” (Game as a Service)?
Jogos de mundo aberto não precisam ser gigantescos, mas apenas “grandes o suficiente” para que possam garantir boas horas de diversão, sem se tornarem repetitivos e cansativos. Sendo menor, será mais fácil gerenciar todo o projeto em relação a atualizações e otimizações. Por fim, também abrirá espaço para o lançamento de conteúdos extras (DLCs) e outros serviços adicionais, para manter os jogadores engajados e ávidos por novidades em relação ao jogo (e não apenas esperando por correções para resolver problemas irritantes). The Elder Scrolls: Online é um excelente exemplo desta filosofia, entregando boas DLCs e estendendo o seu conteúdo ao longo de sua existência!
E ainda querem reclamar de que não “pagamos o preço cheio”… &;-D