Eis, um dos softwares que há muitos anos, não faço mais o seu uso! O WINE (um acrônimo de “Wine Is Not an Emulator”) é uma camada de software, a qual possibilita a execução de aplicações nativas do Windows no Linux. Basicamente, todas as chamada de sistemas das aplicações compiladas para o Windows, são “traduzidas” para as chamadas de sistemas operacionais compatíveis com as especificações POSIX, as quais definem como um sistema Unix deverá funcionar…
“We are closing in on the release of Wine 7.0 as the annual stable feature release for this open-source software that allows running Windows games and applications under Linux, macOS, BSDs, and other platforms. Here is a recap of the many changes being introduced since last year’s Wine 6.0 milestone. Wine 7.0 has been seeing weekly release candidates and is expected for its formal release this month. In fact, it could be as soon as next week going off the project’s usual RC rhythm. In any case as a reminder to all of the changes introduced over the past year with the bi-weekly Wine 6.x development releases…”
— by Phoronix.
“Abandonei” o WINE pelo fato do Linux ter se popularizado bastante e suas aplicações terem amadurecido a tal ponto, tornando desnecessária a sua utilização para rodar aplicações nativas do Windows que não possuem versões compiladas para este sistema (ou ainda, boas alternativas para a sua substituição). A última vez que tentei utilizá-lo, foi quando precisei executar o simulador de redes Packet Tracer. Na época, os binários disponibilizados pela Cisco não eram empacotados e utilizavam a biblioteca Qt, que por sua vez me dava muita dor de cabeça, apenas para corrigir as suas pendências. Executá-lo através do WINE não só resultava em menos aborrecimentos, como também era menos invasivo ao sistema!
Entretanto, o WINE continuou em pleno desenvolvimento e desde então, se tornou bastante estável e maduro, tendo sido lançadas várias versões ao longo dos últimos anos. A próxima versão será a 7.0, a qual irá trazer muitas melhorias, além de novos recursos e várias correções de erros, possibilitando a execução de aplicativos e jogos. Em destaque, a conversão de muitos de seus componentes para o formato PE (Portable Executable), o suporte a temas para todos os seus programas integrados, maior compatibilidade para as APIs DirectX (VKD3D), Vulkan e OpenCL, entre outras melhorias sem maior expressão.
Apesar da menor dependência ao Windows em razão da boa disponibilidade de aplicações nativas para o Linux, o WINE ganhou uma importância especial nestes últimos tempos, graças aos investimentos da Valve para a sua API Proton, a qual é baseada no WINE e voltada especialmente para a execução de jogos. Além disso, muitas aplicações antigas que também não são mais compatíveis com o próprio Windows, podem ser perfeitamente rodadas no WINE, tornando possível a sua utilização em hardwares modernos ou até mesmo virtualizado, caso ela seja indispensável (tal como acontece em muitas empresas de pequeno porte).
Acreditem ou não, elas rodam até mais estáveis do que no Windows… &;-D