Durante muitos anos, as GPUs integradas da Intel eram motivos de piadas e memês, em vista da baixa performance que elas ofereciam, em comparação com outros IGPs, como era o caso da AMD (Radeon) e Nvidia (nForce). Elas só não eram piores que os IGPs da Via e da SiS, que além de serem muito ruins em praticamente todos os aspectos, sequer contavam com drivers estáveis! E falando em drivers, este foi o único motivo pelo qual me fizeram optar pelas CPUs da Intel ao invés da AMD, já que os seus IGPs ao menos funcionam em sistemas baseados em GNU/Linux…
“Intel’s 14th generation desktop CPUs recently launched to a lackluster critical reception due to an overall lack of performance improvement over the 13th generation. For a close look at some comparisons, take a look at the 14900K vs 13900K and 14700K vs 13700K breakdowns. This has many of us looking forward to the upcoming launch of Meteor Lake mobile processors. Intel is still on track to launch the Meteor Lake line-up on December 14th. It was confirmed in a recent Intel earnings call that they have started shipping the chips to PC makers. This is good news on the heels of the 14th Gen on the desktop not living up to the hype.”
— by Windows Central.
Mas de alguns anos para cá, os drivers livres para os IGPs da AMD evoluíram bastante, graças suporte da própria empresa para a comunidade do Software Livre e por isto, cheguei ao ponto de me fazer reconsiderar a adoção de suas CPUs, já que os seus IGPs (até então) superavam com folga os (anêmicos) IGPs da Intel. Porém, a Intel lançou as novas GPUs (e IGPs) Iris Xe, que por sua vez acabou reequilibrando novamente esta disputa e no que depender dela, irá ficar ainda mais acirrada com a próxima geração de CPUs Meteor Lake: se não bastassem as otimizações feitas na arquitetura gráfica, a adoção dos núcleos Arc e os bons drivers livres já disponíveis, elas também suportarão a tecnologia XeSS!
Em uma demonstração da Intel, foi apresentado o novo IGP Xe-LPG (baseada na arquitetura Alchemist) e que será integrado aos novos processadores, o qual será dotado de 8 Xe-Cores e capaz de entregar uma performance mais do que suficiente, para os jogos modernos como o Dying Light 2. Este por sua vez, rodou em modo HD (720p) e com a tecnologia XeSS ativada, o que lhe conferiu não só o aumento da definição para Full-HD (1080p), como também o ganho de performance para algo em torno de 1,7x! Embora a Intel não tenha informado a taxa de quadro apresentada para ambas as demonstrações (e nem sequer informado o nível de qualidade adotado), os vídeos pareciam estar sendo exibidos de forma suave.
Obviamente, só teremos certezas (e convicções) destes números, quando estas unidades forem devidamente testadas tanto com softwares de benchmarks designados para este propósito, quanto com uma maior variedade de jogos para os quais temos acessos as configurações referentes a qualidade gráfica e outros atributos. Em relação a este último aspecto, a Intel também afirma que já existem no mercado, 50+ títulos compatíveis com a sua tecnologia XeSS e até o lançamento definitivo da nova geração de processadores, certamente teremos mais jogos disponíveis.
Em vista dessas CPUs serem projetadas para portáteis e dispositivos móveis, as expectativas giram em torno da acessibilidade e baixo consumo que a plataforma poderá oferecer para os usuários. De uns tempos para cá, temos acompanhado o lançamento de diversos consoles portáteis x86 que em geral, tiram proveito das plataformas oferecidas pela AMD, com as suas poderosas arquiteturas Zen (CPU) e RDNA (GPU). Até o momento, não há rivais à altura e os SoCs ARMs geralmente são designados para dispositivos de baixo custo e voltados para jogos retrô.
Uma pena que os fabricantes teimam em usar LCDs Full-HD nestes consoles… &;-D