Novas GPUs da AMD irão utilizar memórias LPDDR ao invés das GDDR? Eita!

Há +25 anos, presenciei o mercado de placas gráficas utilizarem memórias RAM baseados nas tecnologias SDR, DDR e GDDR, vendo esta última se tornar padrão em vista da boa performance que elas ofereciam. Posteriormente, outras tecnologias mais avançadas como HBM tentarem tomar o seu posto, mas não obtiveram sucesso em virtude da boa relação custo vs benefício da GDDR e suas variantes. O que eu não esperava, é saber que a GDDR terá o seu reinado ameaçado justamente por outra tecnologia de memória RAM não tão moderna quanto a própria GDDR…

“The downside of LPDDR memory types is that they offer less raw bandwidth than the latest GDDR memory technologies. However, AMD appears to have reduced the bandwidth requirements of its RDNA 5 graphics architecture. These GPUs reportedly use a large L2 cache and potentially use this cache alongside AMD’s Infinity Cache technology. These technologies reduce the need for memory bandwidth from GPU memory, making the use of LPDDR memory technologies viable.”

— by OverClock3D.

Um vazamento recente revelou especificações para as GPUs RDNA 5 da AMD, indicando uma mudança de estratégia para o mercado de entrada. Ao contrário das gerações anteriores que utilizavam memória GDDR, estas novas placas gráficas, conhecidas como “Alpha Triton 4” e “Alpha Triton 3”, irão usar memória LPDDR (Low-Power DDR). Esta alteração visa reduzir os custos de produção e permitir que as GPUs tenham mais memória, uma vez que a memória LPDDR é mais barata e mais fácil de obter do que a memória GDDR. A AMD consegue viabilizar esta alteração, pois a arquitetura RDNA 5 tem requisitos de largura de banda mais baixos, complementados por grandes caches L2 e a tecnologia Infinity Cache.

A GPU “Alpha Triton 4” de entrada, por exemplo, terá 24 Unidades de Computação (CUs), 10MB de cache L2 e um controlador de memória LPDDR5X de 128 bits. Esta configuração poderá permitir de 12 GB a 24 GB de VRAM, uma quantidade que a tornará uma opção atrativa para jogos modernos com orçamento limitado. Em termos de desempenho, espera-se que esta GPU se posicione entre a Nvidia RTX 3060 e a RTX 4060, mas com um desempenho significativamente superior em Ray Tracing, o que a tornará uma forte concorrente no mercado de GPUs de baixo custo.

Para a gama superior, a GPU “Alpha Triton 3” terá 48 Unidades de Computação, 20MB de cache L2 e um controlador de memória LPDDR6 de 384 bits. Embora possa suportar até 512 GB de memória, a quantidade mais provável de VRAM será algo entre 16 GB e 32 GB. O seu desempenho de rasterização será comparável ao da Radeon RX 9070 (não-XT) da AMD, mas assim como a “Alpha Triton 4”, ela terá uma vantagem considerável no desempenho de Ray Tracing, consolidando a RDNA 5 como uma arquitetura otimizada para esta tecnologia.

Estas novas GPUs RDNA 5 da AMD têm o potencial de transformar o mercado de entrada de placas gráficas. Com a capacidade de oferecer grandes quantidades de VRAM a um custo reduzido, elas podem tornar os jogos modernos mais acessíveis para jogadores com orçamentos mais limitados. A estratégia de usar memória LPDDR e o desempenho melhorado em Ray Tracing podem consolidar a posição da AMD no mercado, oferecendo alternativas competitivas às propostas da Nvidia (e pela Intel). Para o mercado de GPUs de gama alta, a AMD irá continuar a usar tradicionais memórias GDDR6 ou GDDR7 para as suas placas gráficas.

Eis, a questão: que fim levou as memórias HBM (High Bandwidth Memory)? &;-D