Em 2008, ao invés de apostar em produtos intermediários, resolvi comprar uma simples placa de vídeo de entrada: a AMD/ATI Radeon 2400XT! Embora tivesse um barramento de dados de apenas 64 bits, esta placa era dotada de chips de memória DRAM GDDR3, uma configuração bem incomum para esta classe de dispositivos (pois os chips GDDR só eram encontrados em produtos de qualidade). Na prática, fiz uma excelente escolha devido a boa vazão de dados promovida por esta memória, o que me possibilitou extrair o máximo de desempenho desta humilde placa…
“SEOUL, Korea – July 19, 2023 – Samsung Electronics Co., Ltd., a world leader in advanced semiconductor technology, today announced that it has completed development of the industry’s first Graphics Double Data Rate 7 (GDDR7) DRAM. It will first be installed in next-generation systems of key customers for verification this year, driving future growth of the graphics market and further consolidating Samsung’s technological leadership in the field.”
— by Samsung News.
A partir de então, passei a acompanhar a evolução das memórias GDDR, preferindo-as mesmo apesar das vantagens da tecnologia HBM. Porém, as coisas começaram a ficar “confusas” a partir dos chips que vieram após o GDDR6 (como o “X” e o “W”), que apesar de oferecer uma melhor performance em relação as gerações anteriores (incluindo a própria GDDR6), não eram padronizados pela JEDEC. Mas talvez em um futuro não muito distante, não precisaremos ter que lidar com estas novas edições e suas confusas especificações, pois as GDDR7 já estão a caminho!
A Samsung anunciou nesta quarta (19/jul), que já está desenvolvendo a nova geração de chips de memória DRAM GDDR7, as quais irão oferecer uma taxa de transferência de dados com incríveis 32 Gbps! para se ter uma idéia do aumento, elas superam com certa folga os chips GDDR6 lançados no ano passado pela própria Samsung, que por sua vez eram limitados a “apenas” 24 Gbps. No entanto, as mesmas capacidades de armazenamento serão mantidas, certamente em vista da manutenção dos processos de litografia utilizados para a sua fabricação.
Além das altas taxas de transferência de dados, os novos chips GDDR7 também irão trazer inovações no design e no encapsulamento dos circuitos integrados, para que possam garantir uma estabilidade adicional de funcionamento, mesmo com as operações de alta velocidade. Tais melhorias são possibilitadas pelo método de sinalização Pulse-Amplitude Modulation (PAM3) adotado para o novo padrão de memória, em vez do Non-Return-to-Zero (NRZ) utilizado pelas gerações anteriores. O PAM3 permitirá que +50% de dados sejam transmitidos, dentro do mesmo ciclo de sinalização. Sem contar ainda os +20% de eficiência energética…
Apesar dos novos chips de memória DRAM DDR5 terem trazidos algumas inovações tecnológicas interessantes, na prática ainda temos os problemas relacionados ao aumento do número de núcleos dos processadores e a concorrência acirrada para acessar o subsistema de memória RAM. Por isto, acredito que em um futuro não muito distante, os novos sistemas computacionais terão um subsistema de memória RAM integrado diretamente na placa-mãe, tal como acontece com as atuais gerações de consoles. Nestes cenários, as memórias GDDR se encaixariam muito bem!
Ou vai ver, estou “viajando na maionese” (de novo)! &;-D