Há muitos anos, o Google inovou ao trazer para o seu serviço de mensagens eletrônicas (popularmente conhecido como e-mail), uma interface baseada na tecnologia AJAX para tornar a página WEB do seu serviço mais rápida e dinâmica, possibilitando os usuários terem acesso as atualizações de página sem precisar recarregá-las. Na época, esta foi uma inovação e tanto (juntamente com o espaço de 1 GB disponível), especialmente pelo fato de utilizar menos largura de banda do que os demais serviços existentes na época…
“Google will discontinue the Basic HTML version of its Gmail service in January 2024. It’s unclear when Google made the decision to end Basic HTML support – news of which can be found in this support page titled “Use the latest version of Gmail in your browser.” Archive.org’s last capture of the page comes from late 2022, and Google’s own cache has not coughed up info that would identify the date of the change. The Register asked Google when the decision to end Basic HTML was made, and why.”
— by The Register.
No entanto, a empresa também manteve uma versão alternativa baseada em páginas HTML estáticas, com o objetivo de oferecer o serviço para conexões mais lentas (pensei que este era justamente o objetivo da versão atual) e navegadores legados, embora ela também não proporcione uma experiência de uso completa para o usuário. Isto se dá pelo fato de que a versão alternativa não inclui todos os recursos e funcionalidades oferecidos pelo Gmail e por isto, o Google decidiu encerrar o seu suporte a partir de jan/2024. Sem mais, nem menos!
Obviamente, a decisão não agradou a muitos especialistas, como é o caso de Pratik Patel. Ele registrou em uma publicação na sua conta do Mastodon, que “conhece muitas pessoas cegas que usam a visualização HTML do Gmail e por isto, elas não apenas ficarão confusas, mas também infelizes” (com a decisão tomada). A empresa também é famosa por descontinuar serviços sem maiores detalhes ou explicações, o que acaba causando bastante revoltas por parte dos usuários e não raro, ela já foi “obrigada” a voltar atrás e reverter algumas de suas decisões.
Na minha opinião, considero uma boa decisão em relação aos aspectos técnicos, já que qualquer dispositivo (que não tenha +10 anos) possui poder computacional de sobra, para acessar o serviço em sua versão oficial e com todos os recursos & funcionalidades oferecidos por ele, além de serem compatíveis com as páginas dinâmicas! Já em relação a segurança, nem é preciso lembrar que sistemas e aplicações de legado, já não possuem as habituais correções de segurança, o que aumenta bastante os riscos relacionados a proteção dos dados confidenciais.
E nem sequer, me lembrava que esta versão “HTML básico” existia… &;-D