… dela, continuará sendo “a mesma de sempre”! Diferente da Intel, que passou a adotar designs baseados em arquiteturas híbridas para as novas gerações CPUs (com núcleos heterogêneos, combinando alta performance e baixo consumo), a AMD não só irá manter o design tradicional com núcleos homogêneos, como também irá manter a mesma quantidade de núcleos disponíveis para cada unidade física. Se por um lado, tais decisões parecem ir na contramão da evolução tecnológica, na prática as suas razões (e motivações) são bastante convincentes…
“(…) The company isn’t done with Ryzen client processor announcements for 2023 by far. We caught up with David McAfee, Corporate Vice President and General Manager, Client Channel Business at AMD, who has a bird’s eye view of where the company’s client processor business sits, and where it’s headed in the future. He is the head person responsible for AMD’s Ryzen processors, for both desktop and mobile.”
— by TechPowerUp.
David McAfee, vice-presidente corporativo e gerente geral de negócios de canal de clientes da AMD, concedeu uma bela (e extensa) entrevista para o portal TechPowerUp, trazendo uma série de informações sobre as expectativas da empresa em relação ao futuro dos seus produtos, destacando-se a sua linha de unidades AMD Ryzen (tanto para PCs desktops quanto para os dispositivos móveis). Dentre os assuntos debatidos, estão a evolução das arquiteturas de CPUs Ryzen e APUs Phoenix, a implementação das tecnologias voltadas para a IA e o design chiplets.
Diferentemente da ARM e da Intel, a AMD não irá adotar designs híbridos, ao menos da maneira que a concorrência vem fazendo. A próxima geração de CPUs da empresa Ryzen 5 continuará sendo baseada em uma única arquitetura, que por sua vez trará maior simplicidade para a gestão das cargas de trabalho, além de ser otimizada para trazer o melhor equilíbrio entre a alta performance e o baixo consumo de energia. No entanto, vale lembrar que a empresa recentemente fez algumas reformulações na própria arquitetura Zen 4 para trazer para o mercado o Zen 4c, que apesar de ser baseada na mesma arquitetura, teve uma considerável redução no tamanho do die (35%), ao mesmo tempo em que manteve a performance.
Já em relação a quantidade de núcleos, a AMD vai manter as mesmas contagens já definidas desde a arquitetura Zen 2, oferecendo unidades que possuem de 4 a 8 núcleos, para as linhas de produtos mais populares (AMD Ryzen 3, 5 e 7). O principal motivo para isto, está no fato de que uma maior quantidade de núcleos geralmente não traz o mesmo ganho de performance proporcional, além deles serem obrigados a competir pelo acesso ao subsistema de memória RAM e terem a sua performance reduzida, por compartilharem apenas dois canais de dados. Apesar das tecnologias de memória RAM terem evoluído bastante nestes últimos anos, a demanda pelo acesso também, o que acaba equilibrando toda a balança.
Concordo plenamente! Se antes, era um entusiasta dos designs híbridos (cheguei a aguardar com certa ansiedade a 12a. geração de CPUs da Intel, para definir os requisitos da minha futura plataforma computacional), atualmente passei a olhar com uma certa desconfiança os novos lançamentos da Intel, justamente por causa da grande quantidade de núcleos. Além de trazerem apenas ganhos incrementais em termos de performance, ainda poderão influenciar negativamente neste aspecto justamente por causa do acesso concorrido ao subsistema de memória RAM. E se levarmos em consideração que ainda temos o sistema gráfico compartilhado…
Sem contar ainda que as CPUs Ryzen 3 3200G estão baratinhas… &;-D