Todos os anos, somos expostos as mesmas propagandas “de sempre”: mais performance, mais recursos tecnológicos, melhor relação custo vs benefício, menor consumo de energia e blá, blá, blá! No geral, a nova geração entrega alto em torno de 15 a 20% de aumento na performance geral (se comparada com a geração anterior), além de ser apenas compatível com as tecnologias mais recentes e manter os mesmos patamares em relação ao consumo de energia. Ou talvez não: segundo Andrew Cunningham (repórter da Ars Technica), a 14a. geração de CPUs da Intel será radicalmente diferente das gerações anteriores…
“We already know a lot of basic facts about Meteor Lake; it uses a combination of chiplets manufactured by both Intel and TSMC rather than a single monolithic die, and it will mark the retirement of Intel’s “nth-generation” and i3/i5/i7/i9 branding. We also know that it won’t be ready for desktops and that the next round of Core desktop CPUs will be very similar to the 12th- and 13th-generation chips.”
— by Ars Technica.
Prevista para ser lançada no final do ano (dez/24), a próxima geração de CPUs da Intel (Meteor Lake) designada para os dispositivos portáteis, será fabricada com base em chiplets, que por sua vez são pequenas peças de silícios unificadas em um encapsulamento (bem diferente das unidades monolíticas que conhecemos). Com base neste design, a empresa terá uma maior flexibilidade para personalizar as unidades de processamento, de acordo com os seus interesses comerciais e as necessidades dos clientes. Inclusive, a Intel e a TSMC trabalharão em parceria para a produção dos chips, os quais devem contar com litografias de 5 e 6nm.
Estas unidades serão compostas de pelo menos 4 chips: “compute tile”, com CPUs dotadas de núcleos P-cores e E-cores; “graphics tile”, com GPUs que provêm suporte para a tecnologia Ray-Tracing; “IO tile”, com a integração de barramentos de dados velozes como o PCI Express e o Thunderbird; e o “SoC tile”, que além de integrar mais duas CPUs E-cores, também trará uma NPU dedicada para o processamento neural (usada para acelerar cargas de trabalho de IA e aprendizado de máquina), além de conexões externas como vídeo (HDMI e DisplayPort ) e rede (Wi-Fi e Bluetooth), bem como o controlador de memória integrado (DDR).
Já em relação as nomenclaturas, a Intel deixará de utilizar as definições i3, i5, i7 e i9, para dar o lugar aos termos Core e Core Ultra, embora ainda sejam mantidos as definições numéricas para a identificação das classes de usuários. Resumindo: teremos as CPUs Intel Core 3, Core 5, Core 7 e Core 9 (as quais serão designadas para os usuários domésticos e corporativos, para o uso geral), além das CPUs Core Ultra 5, Core Ultra 7 e Core Ultra 9 (que por sua vez, serão designadas para computadores de alto desempenho, voltados para a execução de tarefas que exijam muita carga de processamento, além de jogos).
Por fim, estas novas unidades também trarão um grande salto em termos de performance gráfica, pois além de contar com GPUs (ou seria IGPs) mais poderosas (8 Xe cores, 128 Vector Engines, 2 Geometry Pipelines, 8 Samplers, 4 Pixels Backends e 8 Ray-Tracing Units), elas também irão oferecer uma performance por Watts de até 2 vezes, se comparadas com as gerações anteriores. Vale lembrar que elas irão adotar os novos núcleos Xe-LPG, que por sua vez superam os antigos Xe-LP por oferecer velocidades de clock mais altas e melhorias para a arquitetura de hardware, tornando-as equivalentes com as placas de vídeo de entrada.
Será? Confesso que desta vez, só vou acreditar após ver as análises… &;-D