Confesso que foi algo “espantoso” ver um portátil transmitir e receber dados, através da utilização de uma conexão wireless. Por estar acostumado com o tradicional de cabeamento estruturado, a primeira coisa que se passava na cabeça é saber “por onde os dados estão passando”! Brincadeiras à parte, não só recebi muito bem a inovação em questão como também me tornei fã dela, apesar das limitações que os padrões Wi-Fi 802.11 b/g possuíam na época…
“With each generation, Wi-Fi standards update with faster networking and many other incredible changes. Wi-Fi 802.11ax, more commonly named Wi-Fi 6 to lessen confusion, was designed to improve speeds and performance for households using thousands of devices all vying for data. Here’s everything you need to know about Wi-Fi 6, plus more about its successor Wi-Fi 6E and beyond.”
— by Windows Central.
Por isto, também fiquei ansioso pelo lançamento dos novos padrões e quando as especificações do Wi-Fi 802.11n chegaram ao mercado, foram tantas de inovações e melhorias em comparação ao antigo G, que passei a me referir a ele (e os demais que vieram após dele) como “modernos”, classificando os mais antigos como “clássicos”. Embora estas definições não estejam escritas em nenhuma literatura, elas me ajudam bastante na hora de explicar as diferenças técnicas entre eles, para os estudantes de cursos técnicos, de certificações e livres para os quais, leciono.
O problema é que a partir do padrão Wi-Fi 802.11ax, não só o sistema de siglas adotado passou a ficar confuso, como também foram trazidas várias mudanças para maximizar a performance e a taxa de transferência, o que resultou em uma bela “sopa de letrinhas” (mesmo apesar da simplificação deste sistema de versionamento, que por sua vez passou a ser numérico). Tanto é que, se me perguntarem quais inovações o novo padrão Wi-Fi 6 traz, não sei responder “de cabeça”!
Cale Hunt (editor do portal Windows Central) publicou um belíssimo artigo, trazendo várias informações detalhadas sobre o atual padrão Wi-Fi 6, destacando algumas melhorias práticas como maiores velocidades de transferência, maior capacidade de conexões simultâneas, melhor performance com muitos dispositivos conectados e menor consumo de bateria, além de diversos aspectos técnicos relacionados as tecnologias empregados e os recursos disponibilizados.
Em destaque, o suporte para a faixa de 6 GHz, a qual oferece 12 canais de 160 MHz (apenas acessível a partir do padrão Wi-Fi 6E), o suporte para a transmissão e recepção de dados para até 8 clientes simultâneos (através da tecnologia MU-MIMO), o uso mais otimizado da bateria graças ao TWT (Target Wake Time) e a adoção do sistema de multiplexação OFDMA (Orthogonal Frequency-Division Multiple Access), possibilitando utiliza a modulação 1024-QAM e entregando (teóricamente) até 9.6 Gbps de capacidade máxima de transferência! Incrível, não?
Uma pena que os roteadores compatíveis custam os olhos da cara… &;-D