Eis, um aspecto dos iPhones que considero bem interessante, em comparação com os demais smartphones: se você olhar “de relance” vários aparelhos Android na vitrine de uma loja, fica difícil identificar o modelo e a marca, pelo fato de muitos serem relativamente parecidos (a não ser que você perceba o logotipo da empresa estampado). Já em relação aos iPhones, a situação é bem diferente: não é só possível perceber as diferenças visuais tanto no hardware, como também em termos de software, já que eles utilizam sistemas operacionais distintos…
“There were times when Android and iPhone users were like two rivaling bike gangs, always trying to undermine each other, get into a fight, or simply get on the verbal abuse train. Well, those days are gone now, because phones are so similar nowadays that every potential rivalry feels superficial and plain stupid. Now, there are several factors at play, and I’ll try to address them objectively, but even though there’s a disclaimer saying that “This article may contain personal views and opinions from the author,” I don’t think it’s going to start a riot. The times are different.”
— by Phone Arena.
De uns tempos para cá, a Apple promoveu algumas mudanças no design dos aparelhos de tal forma, que eles passaram a se tornar mais “parecidos” com os principais smartphones Android disponíveis no mercado. Destacam-se o aumento do tamanho das telas para alguns modelos (equiparando-se aos “imensos” smartphones Android) e o uso do conector de alimentação universal USB-C em substituição ao Lightning (para atender as exigências da União Européia quanto aos aspectos ambientais). Até mesmo a diferença de preço entre eles já não existe mais, pelo fato dos smartphones Android mais sofisticados se situarem na mesma faixa de mercado.
Já em relação ao software, o iOS têm recebido “novos” recursos e funcionalidades que antes, eram exclusivos do Android! A versão 18 (considerada a edição mais radical em termos de novidades) terá o suporte para a reorganização dos ícones da tela inicial, além de possibilitar a sua customização com base em um tema pré-definido, tal como o Android já faz há anos através do Material Design e mais recentemente, com o Material You. Além disso, a Central de Controle também terá mais opções de personalização para a interface do sistema, bem como a adição do Game Mode que até então, não era “necessário” para os iPhones…
Por fim, sobrou até mesmo para o suporta a Inteligência Artificial. Pelo fato da empresa não ter feito as investidas necessárias para ter o seu próprio modelo de linguagem “diferenciado”, ela adotou os modelos já existentes e o batizou com o nome da empresa: eis, o Apple Intelligence. Tão parecido com os MLLs adotados pela concorrência, que a impressão que se dá é que ela basicamente promoveu nomes diferentes, como é o caso do Image Playground (geração de imagens a partir de textos), do Magic Eraser (para a remoção de objetos em fotografias) e o Siri com IA (assistente digital bem similar ao Gemini e o Galaxy AI, para Android).
E nem vou comentar sobre os ecossistemas de acessórios dedicados…
Isto é ruim? Sim e não. Por um lado, a Apple “perde” o seu DNA de inovação, por passar a oferecer dispositivos mais parecidos com aqueles que já são oferecidos pela concorrência, além de uma plataforma que já não entrega serviços com os seus badalados “diferenciais”. Por outro lado, não podemos deixar de reconhecer que a empresa está mais empenhada em ouvir os seus usuários desejam, além de entregar aquilo que eles realmente querem. Ainda assim, Steve Jobs havia feito uma declaração memorável em uma de suas conferências (ha muitos anos), dizendo que “as pessoas não sabem o que querem, até mostrarmos a elas”.
E a partir de agora, veremos se ele estava realmente certo (ou não)… &;-D