… do bom e velho NTFS dar conta do recado, os atuais sistemas operacionais precisam dispor de sistemas de arquivos modernos e alinhados com as exigências atuais, no que concerne a segurança, estabilidade e resiliência, além de outros aspectos tecnológicos. Por isto a Microsoft há tempos vem desenvolvendo substitutos para o NTFS, como o WinFS (descontinuado posteriormente) e o atual ReFS, sendo este último introduzido junto com o sistema operacional Windows Server 2012 e que (aparentemente) logo estará disponível para o Windows 11…
“For a little over a decade, Microsoft has been working on a file system to succeed NTFS, which has been used in Windows since the introduction of the Windows NT kernel in the 1990s. This file system, called ReFS has been around for quite some time, but for most of us, it’s still new, considering Microsoft has gradually been adding new features that make the file system more viable in more scenarios. Today, you can boot Windows 11 off of an ReFS drive, but it takes some work to set up properly since Microsoft doesn’t make this option very visible. Still, I decided to try it out, so here’s how it went.”
— by XDA Developers.
João Carrasqueira (editor do portal XDA Developers) publicou um artigo, no qual ele trás a sua experiência ao instalar o Windows 11 no sistema de arquivos Resilient File System (ReFS) da Microsoft, em vez do tradicional NTFS. O ReFS, projetado para integridade e resiliência de dados, é normalmente usado em ambientes corporativos. Carrasqueira conseguiu instalar o Windows no ReFS modificando o instalador do sistema, mesmo sem o suporte oficial da Microsoft para essa configuração. O objetivo deste experimento foi avaliar a viabilidade e o desempenho do uso do ReFS, como sistema de arquivos principal do Windows.
Após a instalação, o sistema funcionou normalmente, sem diferenças perceptíveis no uso diário em comparação com o NTFS. Funções básicas como inicialização, execução de aplicativos e atualizações do sistema funcionaram sem problemas. No entanto, foram observadas algumas limitações, como a indisponibilidade da criptografia BitLocker, bem como alguns aplicativos de terceiros apresentaram problemas de compatibilidade. Essas questões se devem ao design do ReFS, que não inclui alguns recursos presentes no NTFS. Ele também observou que, embora o ReFS ofereça vantagens como maior integridade de dados e escalabilidade, ele não oferece suporte a recursos como compressão de arquivos e atributos estendidos.
A ausência desses recursos (disponíveis no NTFS) pode afetar usuários que dependem deles para certos aplicativos ou fluxos de trabalho. Além disso, a falta de suporte oficial significa que os usuários podem enfrentar desafios com ferramentas de recuperação do sistema e outros utilitários que esperam um sistema de arquivos NTFS. Por fim, podemos concluir que instalar o Windows no ReFS é viável e pode funcionar adequadamente para o uso geral. No entanto, devido a problemas de compatibilidade e à ausência de certos recursos, pode não ser a melhor escolha para todos, especialmente para quem precisa de suporte completo aos recursos do Windows e a aplicativos de terceiros.
Embora ainda seja cedo para tirar maiores conclusões, ao menos já podemos dizer que experimento em questão destaca o potencial do ReFS, mas também reforça a necessidade de cautela e testes aprofundados antes de adotá-lo, como sistema de arquivos principal em instalações do Windows. Além disso, o NTFS é um sistema de arquivos que já existe há anos e foi utilizando com sucesso em vários sistemas operacionais, o que ressalta a sua confiabilidade, embora esteja obsoleto para as exigências atuais. De qualquer forma, o ReFS será muito bem vindo!
Enquanto isso, os sistemas GNU/Linux continuam “presos” ao antigo ext4… &;-D