A resposta será… depende da aplicação! Se precisar obter a máxima performance possível do sistema, as unidades avançadas serão as ideais para este propósito! Mas caso a relação de custo vs benefício seja fundamental (como é o caso da maioria dos usuários), as unidades intermediárias se encaixarão melhor neste contexto. Por fim, ainda temos as unidades de entrada que apesar de muitos “torcerem o nariz”, fazem um excelente trabalho quando precisam priorizar a economia, embora sejamos obrigados a fazer concessões para a performance…
“One of the most common questions that people ask is whether they should purchase a mid-range or high-end processor. The likes of AMD and Intel will always launch multiple chips for each generation, all with different price points. So which one should you go for? We’ll be explaining everything you need to know about purchasing a CPU, so you can be more confident that you’re purchasing the right processor for your desired workloads.”
— by Trusted Reviews.
Mas para Ryan Jones (editor do portal Trusted Reviews), não vale à pena apostar nas unidades avançadas (e gastar boa grana neles), por não entregarem um aumento de performance substancial, em comparação com as unidades intermediárias! Apesar das especificações técnicas de processadores avançados como o Intel Core i9-14900K (24 núcleos, 6 GHz) deixe claro o maior poder computacional se comparado com os processadores intermediários como o Intel Core i5-14600K (14 núcleos, 5.3 GHz), na prática elas não fazem muita diferença quando o assunto se trata de jogos. Para isto, ele fez alguns testes de performance com alguns jogos disponíveis no mercado, utilizando a resolução Full-HD (1080p).
Os jogos testados foram: “Horizon Zero Dawn”, “Dirt Rally”, “Borderlands 3”, “Total Wars: Wahammer III”, “Returnal”, “CyberPunk 2077” e “F1 22”. Para cada um deles, as diferenças de performance entre o Core i9 e o Core i5 foram bem pequenas (abaixo de 10%), sendo que em alguns títulos as CPUs praticamente não faziam a diferença! E se não bastasse isto, ambos ofereciam uma quantidade de quadros que superavam com folga, o valor mínimo de 60 FPS necessário para entregar a melhor fluidez. Por fim, vale notar que não foram mencionadas as configurações de qualidade para os jogos, bem como a placa de vídeo utilizada nos testes em questão, o que (na minha opinião) classifica esta avaliação como no mínimo, parcial.
Estes testes de performance favoreceram as unidades intermediárias, já que utilizam uma resolução para a qual estas CPUs foram projetadas. Eles não só deveriam cobrir pelo menos três resoluções diferentes (4K, Quad-HD e Full) como também ter a qualidade gráfica dos jogos definidas para média e alta. Assim, seria mais fácil se dar conta de que as unidades avançadas conseguem demonstrar todo o seu potencial, nas situações em que são mais exigidas (apesar do autor ter dito que aumentar a resolução para 4K “não fará muita diferença”). Apesar disso, também acredito que as diferenças de performance (pouco maiores) não seriam suficientes para justificar os gastos extras, para a aquisição destas CPUs “extravagantes”.
No geral, concordo que faz mais sentido comprar um processador avançado e (preferencialmente) de última geração, para a utilização em aplicações gerais que requerem grande poder computacional, além de se beneficiarem da maior quantidade de núcleos para a execução de cargas de trabalho que exijam processamento paralelo (multi-thread). Dentre as aplicações indicadas para esta classe de unidades, estão as edições de vídeo, as animações em 3D, os aprendizados de máquina e muito mais. Nestes cenários, certamente iremos notar uma grande diferença de desempenho entre as unidades avançadas e intermediárias, podendo entregar até mesmo uma melhor relação de custo vs benefício!
Quanto a mim, continuo apostando em soluções de entrada… &;-D