Se existe uma infraestrutura que possui fortes requisitos em relação ao consumo de energia e a dissipação de calor, estes são os datacenters! Basicamente, os datacenters são dependências responsáveis por manterem de centenas a milhares de servidores de redes em funcionamento, interconectados por um sistema de cabeamento específico (TIA-942) e que exigem mão de obra qualificada e de altos recursos financeiros para a sua manutenção…
“The cooling works by completely submerging server racks in a specially designed non-conductive fluid. The fluorocarbon-based liquid works by removing heat as it directly hits components and the fluid reaches a lower boiling point (122 degrees Fahrenheit or 50 degrees Celsius) to condense and fall back into the bath as a raining liquid. This creates a closed-loop cooling system, reducing costs as no energy is needed to move the liquid around the tank, and no chiller is needed for the condenser either.”
— by The Verge.
Por isto, a dissipação de calor e a eficiência energética se tornaram aspectos importantes a serem administrados. Equipamentos que aquecem muito geralmente exigem soluções de refrigeração mais agressivas, que por sua vez impactam diretamente no consumo de energia da infraestrutura. Como exemplos interessantes que posso citar, está o fato de muitos datacenters estarem sendo construído no extremo-norte (Islândia), para aproveitar o clima gelado, bem como outro datacenter que foi praticamente afundado no mar, como é o caso do Projeto Natick (bancado pela própria Microsoft). E agora, ela resolveu ir mais além: literalmente, a Microsoft “jogou água” nos servidores!
Ela basicamente submergiu os seus servidores em uma solução líquida não condutiva, que por sua vez é designada específicamente para este propósito. A solução em questão é a base de fluorocarbono, possui um índice de ebulição inferior a 50 graus (resumindo: “ferve fácil”) e remove o calor a medida em que entra em contato diretamente os componentes eletrônicos do hardware submergido. Este sistema de resfriamento se baseia em um circuito fechado de baixo custo, já que não precisa de nenhum resfriador para o líquido, bem como qualquer outro sistema eletrônico para fazê-lo circular ao redor do tanque.
A Microsoft alega que este é “o primeiro provedor de nuvem que está executando o resfriamento por imersão de duas fases em um ambiente de produção”, embora seja inspirado nos sistemas utilizados para extração de criptomoedas (como o BitCoins), além de ser usado para testar picos de demanda em nuvem e cargas intensas de trabalho, como aplicações e aprendizado de máquinas. Diferente do sistema de refrigeração a ar que atualmente são utilizados em datacenters e se baseiam na evaporação líquida (utilizando muita água no processo), a nova técnica reduz consideravelmente o uso de água, praticamente eliminando o consumo de água nestas infraestruturas.
E o mis importante: sem acumular poeiras, detritos e… bugs! &;-D