No início do século, quando as distribuições Linux começavam a despontar no cenário tecnológico, os fóruns especializados em Linux & Software Livre estavam “entupidos” com longas discussões sobre “qual a melhor distro” (também conhecidas como “flame wars”). Apesar do Debian, Red Hat e Slackware serem as mais populares, outros grandes nomes como a Conectiva, a Mandrake e a SuSE, também marcavam a sua presença. Até chegar o Ubuntu…
“There’s a key change from the version of SteamOS designed for its failed Steam Machines project though, and that’s a switch away from Debian as the core distribution over to Arch instead. Both are popular Linux distributions, but they’re aimed at different markets and that makes for some fundamental differences between the two—most notably how they are updated.”
— by PC Gamer.
A distribuição sul-africana se popularizou rapidamente, graças a sua facilidade de uso e integração de recursos (drivers proprietários e bibliotecas para o suporte a formatos licenciados), assumindo assim a coroa da “melhor distribuição (para os usuários leigos)”. Com isso, as discussões sobre o assunto foram caindo gradualmente, até “perderem o sentido”. Porém, estas discussões também eram uma grande fonte de aprendizado, já que muitos aspectos inerentes de cada distribuição eram analisados pelos seus defensores e detratores!
Mas a Valve resolveu trazer este assunto à tona novamente, com base no seu sistema operacional SteamOS 3.0 (padrão do seu novo console portátil), o qual passou a ser baseado no Arch Linux ao invés do Debian. Segundo o designer da Valve Lawrence Yang, “a principal razão é que as atualizações contínuas do Arch nos permitem ter um desenvolvimento mais rápido para o SteamOS”, pois “estávamos fazendo um monte de atualizações e mudanças para garantir especificamente que as coisas funcionassem bem no deck do Steam, e o Arch acabou sendo uma escolha melhor para eles”. Xiii… Se por um lado as atualizações constantes do Arch Linux torna o desenvolvimento do sistema mais ágil, por outro estas mesmas atualizações poderão quebrar a compatibilidade com os jogos mais antigos!
As bibliotecas, frameworks e APIs do Linux lidam muito bem com as aplicações de código-aberto (as quais podem ser recompiladas para prover suporte ao novo sistema); porém, a realidade é bem diferente para as aplicações de código-fechado, as quais geralmente são homologadas para funcionar exclusivamente em determinadas versões do sistema! Esse é o motivo pelo qual muitos pacotes pré-compilados para a distribuição com versão X não funcionam a contento na versão Y. Mas nestes tempos em que jogos são oferecidos como serviços e são atualizados constantemente, pode ser que eu esteja enganado. Mas isto, só o tempo dirá…
Em tempo: o Debian testing não seria uma solução mais viável? &;-D