Diferente das estações de trabalho, os portáteis possuem grandes limitações em termos de performance, em vista da necessidade de conservar a carga da bateria para que eles possam ser usados, por um período de tempo mais prolongado. Em se tratando de smartphones, a situação se torna ainda mais complicada, já que além de não haver o espaço necessário para acomodar baterias (capazes de oferecer uma maior autonomia), eles também possuem severas limitações para a refrigeração. Por isto, os SoCs feitos para esta categoria de dispositivos são radicalmente diferente dos SoCs designados para as estações de trabalho…
“At Snapdragon Summit, Qualcomm Technologies, Inc. unveiled the Snapdragon® 8 Elite Mobile Platform, the most powerful and world’s fastest mobile system-on-a-chip ever. Our flagship mobile platforms are now taking on the Elite name, showcasing the remarkable progress it represents for the industry. This platform debuts industry leading technologies such as the second generation custom-built Qualcomm Oryon CPU, Qualcomm® Adreno™ GPU and enhanced Qualcomm® Hexagon™ NPU, all of which deliver game changing performance improvements…”
— by Qualcomm News.
Por isto, o anúncio feito hoje (21/out) pela Qualcomm me deixou bastante impressionado! A empresa lançou a sua plataforma Snapdragon Elite 8 Mobile, que por sua vez virá para atender as necessidades dos smartphones. A mesma CPU Oryon, designada para oferecer a máxima performance e uma boa autonomia para as estações de trabalho (PCs desktops e notebooks), também será utilizada nesta categoria de dispositivos, além da GPU e da NPU que fazem parte do SoC. Obviamente, estas unidades provavelmente deverão rodar a velocidades mais baixas e tirar proveito de litografias mais refinadas, para entregar uma boa relação de performance vs consumo e sem problemas relacionados a aquecimentos, para dispositivos com sérias restrições como é o caso dos smartphones.
Conforme divulgado pela Qualcomm na página oficial do produto (incluindo o resumo), o novo SoC irá fazer o uso da 2a. geração de núcleos Oryon, os quais irão rodar a uma velocidade máxima de até 4.32 GHz para os núcleos Prime (2x) e 3.53 GHz para os núcleos de alta performance (6x), além de entregar até +45% em termos de performance e de eficiência. Já em relação a GPU, a empresa não traz muitas informações técnicas detalhadas, limitando-se a informar apenas o nome da unidade (Adreno) e as APIs que serão suportadas (OpenGL® ES 3.2, Vulkan® 1.3 e OpenCL™ 3.0 FP), além de estar otimizada para suportar os jogos que fazem o uso da engine Unreal 5.3. O mesmo se dá em relação a NPU, sobre a qual só sabemos o nome (Hexagon) e um aumento de performance na ordem de +40%. No geral, o novo SoC irá entregar até +27% em termos de eficiência energética.
Para maiores informações, não deixem de consultar a página oficial do produto.
Como havia dito anteriormente, este anúncio por si só é no mínimo surpreendente, já que estamos falando de um SoC que além de ser muito poderoso (partindo do princípio de que os seus benchmarks são precisos e não foram manipulados), ele também faz o uso de componentes inicialmente designadas para equipamentos que não possuem tantas restrições relacionadas ao consumo de energia e refrigeração, como é o caso dos PCs desktops e portáteis. Por isto, também acredito que ser interessante vê-lo como ele irá se comportar nos smartphones, especialmente ao rodar aplicações que fazem o uso intenso de recursos computacionais. Quem sabe, possamos até mesmo vê-lo equipando consoles portáteis…
E rezar para não ver vídeos dessas belezinhas explodindo por aí… &;-D