No início do século, quando as distribuições GNU/Linux despontavam como uma alternativa viável para o uso em desktops, os ambientes gráficos GNOME e KDE se tornaram os protagonistas desta nova era, por serem ambientes gráficos belos, poderosos, acessíveis e fáceis de usar. Por um bom tempo, o KDE foi o mais popular entre os usuários de sistemas baseados em GNU/Linux, mas aos poucos foi perdendo a liderança neste quesito para o GNOME, em vista de uma combinação de fatores (que vão desde a preferência das principais distribuições GNU/Linux, a grande disponibilidade de aplicações GTK e a impopularidade da biblioteca Qt em vista das suas licenças), culminando com o fracasso inicial da interface Plasma (KDE 4.0)…
“The Plasma desktop, often called simply Plasma, is a full-fat feature-rich desktop with a reputation for endless customization options. It’s developed as free and open-source software by KDE, a free software community with the backing of KDE patrons including Canonical, Google, and the Qt Group, the developers of the Qt interface and windowing toolkit used in Plasma. I know how to drive GNOME. What would be the reward for climbing the learning curve with another DE? What could it do that was materially better for me? I’ve installed different desktops for specific reasons, such as putting a lightweight DE on very old hardware, but my mainline, daily driver has always been GNOME.”
— by How-To Geek.
Ambos os sistemas possuem abordagens bens distintas quanto ao uso: o GNOME aposta na simplicidade e no minimalismo e oferece apenas os recursos essenciais para a produtividade, abrindo mão até mesmo da flexibilidade em prover maiores ajustes e configurações. Já o KDE, ele se tornou mais poderoso por oferecer muitos recursos integrados, além de prover uma grande flexibilidade de uso e alto poder de customização. Por isto, as experiências de uso se tornaram bem diferenciadas e para aqueles que estão acostumados a um determinado ambiente gráfico, trocá-lo por outro exigirá uma certo esforço para a adaptação.
Dave McKay (escritor do portal How-To Geek), resolveu passar um final de semana utilizando o KDE Plasma 6.0, deixando um pouco de lado o GNOME. Suas impressões iniciais fora muito boas, destacando os tradicionais elementos encontrados em interfaces “like Windows”. A seguir, o gerenciador de arquivos Dolphin também foi bastante elogiado pela sua boa construção, além das facilidades para lidar com os arquivos e diretórios, com ênfase no uso de janelas duplicadas e da flexibilidade de prover ajustes e configurações. Mais à frente, o botão Plasma (equivalente ao Menu Iniciar do Windows) recebeu uma atenção especial, além das aplicações nativas que se encontram integradas neste ambiente gráfico.
Já em relação a performance, o KDE Plasma o deixou impressionado pela sua velocidade ao inicializar as aplicações, embora o carregamento do Arch Linux dotado deste ambiente tenha demorado 22 segundos, em comparação dos 14 segundos gastos pelo mesmo sistema dotado do GNOME. A ferramenta de configuração padrão do ambiente também foi elogiada pela grande quantidade de opções disponíveis, organizadas em diversas categorias. Por fim, a estabilidade também o agradou, apesar de ter notado que a ferramenta para a descoberta de aplicações na loja oficial tenha parado de funcionar subitamente. No geral, as experiências de uso deste ambiente gráfico foram excelentes e ao contrário das expectativas, a adaptação ao KDE Plasma ocorreu sem maiores problemas ou dificuldades.
De 2002 a 2008, fui usuário da distribuição Slackware, que por sua vez promovia o uso do KDE como o ambiente gráfico padrão (o GNOME exigia muitos esforços para a sua manutenção nos repositórios oficiais da distro e por isto, Patrick Volkerding decidou removê-lo tempos depois). Durante estes anos, tive boas experiências de uso com toda a série 3.X, mas acabei trocando-o pelo GNOME, em vista dos problemas de instabilidade causados pela implementação do Plasma a partir do KDE 4. Embora o GNOME tenha sido um ambiente “desajeitado” durante a série 2.X, a sua reformulação a partir da série 3.X foi bem mais suave e agradável, se tornando um fator determinante para a minha migração.
E durante um “curto” período de tempo (2009 a 2011), também usei o Xfce… &;-D