Quem irá fabricar chips para a China Networks? Pois a Intel e a AMD…

… foram “convidadas a se retirarem”, em vista dos embrólios entre os Estados Unidos e a China, no que concerne a adoção de tecnologias provindas destes países! De um lado, temos as sansões que os Estados Unidos e o Canadá impuseram a empresa chinesa Huawei, em vista das questões relacionadas a segurança destas nações. Como resposta, a China baniu o uso de processadores Intel e AMD nos computadores governamentais. O problema é que as demais opções disponíveis no mercado, que são baseadas no set de instruções ARM, também são estrangeiras…

“The hi-tech contest between the US and China rolls on, with US-made network chips the latest casualty. The story that MIIT has directed Intel and AMD chips be excluded from China telecom networks appears to be true, judging by the lack of denial from Chinese officials – the most reliable guide we have for verifying China news. But it is quite a targeted ban, and will not take effect until 2027. Although China accounts for a hefty slice of total sales of both Intel and AMD, the revenue from the telco network sector is a relatively small portion. China banks, cloud companies, and Internet firms are still free to deploy their gear.”

— by DataCenter Knowledge.

O problema da China é que não há “soluções caseiras” para prover os chips necessários, para atender as necessidades dos órgãos governamentais do país. No entanto, os bancos chineses, as empresas de nuvem & Internet, ainda são livres para implementar as soluções da Intel e AMD em seus equipamentos. Só para constar, este banimento não foi oficializado formalmente pelas autoridades chineses; no entanto, os seus oficiais não se deram ao trabalho de negar tais boatos e por isto, acaba valendo a velha afirmação de que “quem cala, consente”.

Tanto os Estados Unidos quanto a China, pretendem alcançar a meta de “redes limpas”, as quais deverão estar livres da “potencial ameaça” de equipamentos estrangeiros em suas infraestruturas. No caso da China, estes planos fazem parte de uma tendência em evolução ao longo de uma década e meia, tornando o uso de soluções estrageiras restritas a um nicho bem específico no que se refere ao fornecimento de equipamentos de redes, em particular para as redes centrais. Se por um lado, os Estados Unidos tem opções de sobra para substituir os fornecedores estrangeiros, por outro o cenário não é o mesmo para a China.

A Huawei está no centro de todo este embrólio. Se por um lado, o seu espaço no mercado ocidental foi reduzido bastante, por outro ela poderá se reinventar e consolidar o seu espaço no mercado oriental, em vista dos aportes e financiamentos que certamente irá receber do governo central da China, combinado com os próprios recursos que a empresa investe em pesquisas & desenvolvimento (P&D). Para se ter uma idéia destes números, a empresa já havia gastado 23 bilhões de dólares em 2023 neste departamento e a tendência é só aumentar, em vista do objetivo de atender as necessidades dos órgãos governamentais da China.

A empresa já está expandindo a sua capacidade para a fabricação de chips e seus respectivos equipamentos (incluindo máquinas de litografia), de acordo com um relatório publicado pela Kikkei Asia (na semana passada). Além disso, o seu novo (e enorme) centro de P&D em Qingpu (situado no oeste de Xangai) supostamente irá empregar cerca de 35 mil profissionais especializados em design de chips, IA, computação em nuvem e tecnologia sem fio, entre outras coisas. Tudo isto, para entregar ao mundo um novo chip capaz de substituir as soluções da Intel e AMD.

Resumindo: uma CPU baseada no set de instruções RISC-V e rodando Linux… &;-D