Razões pelas quais o Google deveria trocar o Android pelo Linux…

… nos Chromebooks! Esta classe de dispositivos, composta na maioria das vezes por portáteis (embora também possamos ter PCs desktops, PCs compactos e all-in-one), utiliza tanto SoCs x86 quanto ARM, além de serem concebidos para serem baratos e acessíveis, apesar de oferecerem poucos recursos computacionais (já que foram projetados para o uso básico, com ênfase nas aplicaçõe e serviços que fazem o uso de uma conexão com a Internet). E eles rodam o sistema operacional Chrome OS, baseado no Android e que por isto, herda as mesmas limitações…

“Chrome OS was a novelty when it first arrived on the scene. Most pundits claimed it was nothing more than a browser, and it took Google plenty of time to prove them wrong. At this point, Chrome OS is much more than a browser, but it still seems slightly limited, and removing those limitations can take a bit of know-how. Google understands this and hopes to simplify life for everyone involved — including itself — by migrating to Android as the operating system for Chromebooks. It makes sense. After all, why develop and maintain two operating systems when one will suffice?”

— by ZDNet.

O Chrome OS foi lançado pelo Google com a proposta de ser um sistema básico (e rudimentar), designado para suportar o navegador WEB Chrome e as suas tecnologias, as quais permitem acessar os serviços “nas nuvens” oferecidos pela empresa, como se fossem aplicações nativas. Com o passar dos anos, ele recebeu uma série de melhorias em sua interface gráfica, destacando-se um dock para dispor de atalhos para as “aplicações” e o suporte para a aceleração gráfica. Ainda assim, estas aplicações continuam sendo rodadas em tela cheia e com pouca flexibilidade para o gerenciamento das janelas, embora isto tenha sido melhorado.

Jack Wallen (editor do portal ZDNet), acredita que se a base deste sistema fosse trocada para suportar um sistema operacional GNU/Linux completo (ao invés de uma simples imagem imutável, baseada no Android), os seus usuários (e entusiastas) iriam usufruir uma série de benefícios, destacando-se a grande parte do trabalho já feita (pois já existem muitas métodos de instalar o sistema nos Chromebooks), o suporte para a multitarefa (bastante limitada no Android), melhores aplicações disponíveis (grande parte de código aberto), melhor segurança (justamente pelo fato das apalicações serem de código aberto), maior flexibilidade (apesar da curva de aprendizado) e melhor suporte para periféricos em geral (lembrem-se de que aproximadamente 2/3 do código do kernel Linux é composto por drivers).

Confesso que não tenho uma opinião formada sobre o assunto. Por um lado, acredito que a abordagem atual é interessante, pois apesar de entregar uma interface básica, ela atende muito bem as necessidades dos usuários leigos, além de reduzir a curva de aprendizado. Por outro lado, dispor de uma “distribuição Google Linux” completa e funcional seria algo realmente incrível, embora ela possa afastar os usuários leigos (pois quanto maior a flexibilidade, maior será a curva de aprendizado). De qualquer forma, nada impede a empresa de estabelecer uma nova arquitetura e/ou infraestrutura de software, que facilite ao máximo a vida dos usuários leigos (ainda que isto tire um pouco da flexiblidade e liberdade de uso).

E quem sabe, aumentar ainda mais a base de usuários do Tux! &;-D

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