Retrospectiva 2023: como este ano foi para a distribuição Gentoo?

Existe uma infinidade de distribuições GNU/Linux no planeta! No entanto, a maioria esmagadora são baseadas nas distribuições Debian e Fedora, além de algumas serem derivadas do Slackware e outros projetos mais recentes (sem contar ainda, as “distro-netas”). No entanto, algumas raras distribuições não só se destacam por não serem baseadas em outras já estabelecidas, como também possuem particularidades muito interessantes: eis, as distros Arch Linux e Gentoo

“Gentoo, a source-based Linux distro suited for experienced users, has released a look back at the project’s significant events and developments of 2023. We’ve highlighted the key points for our readers, so here’s what you need to know. (…) It’s exciting to see that Gentoo is progressing smoothly. This is excellent news for this Linux distro, a project with a rich history spanning over 20 years, which become a hallmark of speed and dependability, earning the trust of numerous experienced users.”

Linuxiac.

Ambas são designadas os usuários mais experientes, além de possibilitar a instalação do sistema através da compilação de código-fonte, entregando sistemas leves, velozes e altamente otimizado para a plataforma em uso. Em vista da suas particularidades e excelentes documentações técnica, elas promovem excelentes oportunidades para aprendermos mais sobre como os sistemas GNU/Linux funcionam. No caso do Gentoo, Bobby Borisov (editor-chefe do site Linuxiac) publicou uma excelente retrospectiva sobre a distribuição, em relação ao ano passado (2023).

Em destaque, as consistentes contribuições para o seu repositório principal, sendo registrados 121 mil commits feitos durante esse período, embora com uma ligeira redução, se comparado com o ano anterior (2022). No entanto, houve um aumento das contribuições feitas por autores externos (+10 mil, entre 404 colaboradores únicos), além de um aumento de colaboradores (de 134 para 158), o que sinaliza o crescimento de uma comunidade engajada. Além disso, o rastreador de bugs também registrou uma diminuição de relatórios e resoluções de bugs, o que nos possibilita deduzir um ecossistema Gentoo mais estável e atualizado.

Já em relação a hospedagem dos pacotes binários, o Gentoo fez mudanças significativas e agora, oferece pacotes binários para instalação mais fácil e rápida, cobrindo uma ampla gama de software para arquiteturas AMD64 e Arm64. Além disso, também fez progressos no suporte a várias outras arquiteturas, como é o caso da DEC Alpha (que renasceu neste ano), além da adição do suporte musl libc para MIPS e m68k, para os quais são particularmente notáveis. Inclusive, o projeto também se concentrou em melhorias de segurança e usabilidade, suportando módulos de kernel assinados e imagens de kernel unificadas.

Por fim, as ferramentas de desenvolvimento também foram beneficiadas, em vista da comunidade do Gentoo estar colaborando com o Fedora, para fazer a transição para o suporte ao C Moderno (preparando o suporte para os novos perfis 23.0), além de promover outras linguagens como o .NET (que também obteve melhorias substanciais), o OpenJDK 21 (que foi oficialmente introduzido nos repositórios) e o Python (além de trazer as versões mais recentes desta linguagem, promoveu a compatibilidade do PyPy3 para pacotes científicos do Python).

E o que esperar do Gentoo para 2024? Eita, pinguim arretado! &;-D