Pessoalmente, não sou contra as propagandas (muito pelo contrário). Na minha opinião, a exibição de anúncios é uma boa maneira de garantir o retorno financeiro e a rentabilidade da aplicação, ao mesmo tempo em que ela é disponibilizada de forma acessível ou gratuita, para os seus usuários. No entanto, as abordagens relacionadas as maneiras de veícular estes conteúdos e a coleta de dados dos usuários para o direcionamento dos anúncios, acabam afetando de forma negativa, as experiências de uso…
“WhatsApp is rolling out ads. In an update on Monday, Meta announced that it will now show ads from businesses through its Stories-like status feature. The status feature lives within WhatsApp’s “Updates” tab and allows users to share disappearing text, photo, voice notes, or video messages. But now, you might see sponsored content in addition to the updates shared by friends or family members. Meta had been considering bringing advertising to WhatsApp for years now, an idea its founders were entirely against…”
— by The Verge.
O WhatsApp, aplicativo móvel designado para a comunicação e que pertence à Meta, começou a exibir anúncios a partir de ontem (16 de junho) na aba Atualizações, seção onde ficam os Status e os Canais unidirecionais. Estes anúncios aparecerão ao lado das postagens de Status (semelhantes aos Stories) e não nas conversas privadas, preservando assim as boas experiências de uso do aplicativo. Os anúncios serão personalizados com base em dados limitados, como o país ou cidade do usuário, idioma do aparelho, Canais seguidos e interações anteriores com anúncios. A Meta afirmou que não usará nem compartilhará o conteúdo das mensagens, chamadas, grupos ou números de telefone.
Além disso, o WhatsApp vai lançar Canais promovidos (empresas poderão pagar para ganhar mais visibilidade) e também canais com assinatura opcional, oferecendo conteúdo exclusivo. A empresa também não ficará com parte do valor das assinaturas (pelo menos, por enquanto). Essa é a maior mudança na forma como o WhatsApp gera receita até hoje. Se antes, o app se orgulhava de não ter anúncios, jogos ou truques (“No ads! No games! No gimmicks!”), agora ela irá adotar uma estratégia semelhante à dos “super apps” asiáticos. Ao concentrar os anúncios apenas na aba Atualizações, a Meta tenta equilibrar monetização com a promessa de não invadir as conversas privadas dos usuários.
Se antes, já não gostava muito desta aplicação e só a utilizava por questões profissionais (dispensar o WhatsApp nos dias de hoje é abrir mão de propostas e oportunidades, além de reduzir bastante as possibilidades de networking), nem preciso dizer quais serão as minhas impressões (ruins) sobre esta ferramenta, além dos impactos negativos relacionados a questões de segurança e privacidade! Além do mais, quem (em sã consciência) vai acreditar que a Meta irá manter a “promessa de privacidade”, já que estamos falando de uma empresa que explora justamente os dados dos usuários para gerar receitas?
E nem é preciso dizer que teremos mais postagens sobre o tema… &;-D