Será que o Firefox irá ressurgir das cinzas, tal como uma fênix?

Embora tenha algumas “idas e vindas”, o Mozilla Firefox continua sendo o meu navegador WEB favorito. Sim, já cheguei a experimentar outros navegadores, como o Ópera (em virtude do seu leitor de feeds integrado) e o Chromium (em virtude de sua excelente performance e bela interface). No entanto, optei por retornar ao bom e velho Firefox, não só pelo fato de ter uma conexão especial com este importante software livre, como isto também foi feito por motivos técnicos, práticos e filosóficos…

“2024 will be an interesting year for web browsers. Google will make changes to its dominating Chrome web browser that may affect part of the browser’s userbase negatively. There is the move to Manifest V3 for extensions, which may impact content blockers, privacy extensions and some other extensions negatively. There is also Privacy Sandbox and the end of third-party cookie tracking, which bakes tracking into the browser directly to give Google even more control over user data while making it more difficult for others to keep up.”

— by gHacks.

Há tempos, sabemos que os demais concorrentes tendem a tomar iniciativas, que visam privilegiar os seus produtos e os negócios que giram em torno deles, como é o caso da Microsoft, do Google e da Apple, ao integrar os seus navegadores WEB em seus respectivos sistemas operacionais (e não dá para removê-los nem com “reza braba”). Em outros cenários, tais empresas também promovem ações que ferem a privacidade do usuário, como é o caso mais recente referente a adoção do Manifest V3 para as extensões (o que dificultará o bloqueio de anúncios).

Por isto, o Firefox acabou recebendo uma atenção especial por parte de inúmeros especialistas. Dentre eles, está Martin Brinkmann (editor do gHacks), que por sua vez contesta as decisões tomadas pelo Google em relação ao desenvolvimento do Chromium (um navegador WEB de código aberto, que é utilizado como base para o Google Chrome e os demais que se baseiam em sua engine), que por sua vez promove mudanças que vão de encontro a privacidade e segurança. E como muitos usuários já devem saber, o Firefox é o único navegador WEB de código aberto disponível que não utiliza as bases do Chromium para a sua construção!

Por ser um software mantido por uma organização sem fins lucrativos, o Firefox se tornou um bastião para aqueles que planejam utilizar um software que vai de encontro aos seus interesses (e não das corporações capitalistas), mantendo a ênfase na privacidade e na segurança dos usuários! Por um lado, ele se encontra livre das mudanças indesejadas propostas pelo Google para o Chromium (já que ele não utiliza a sua engine); mas por outro lado, a organização precisará arcar com os custos relacionados a implementação de novos padrões e recursos.

Ainda assim, algumas melhorias precisam ser feitas para torná-lo livre de críticas em relação a privacidade e segurança, já que algumas funcionalidades são mantidas ativadas por padrão (à revelia dos usuários), além da necessidade dos usuários proverem ajustes para melhores definições quanto a estes quesitos (embora muitas destas opções acabem afetando a sua usabilidade). Já em relação as melhorias e inovações, a Mozilla precisa se reinventar e promover mudanças com base em suas crenças, ao invés de se limitar a seguir as tendências do mercado.

Então, o Firefox irá ressugir das cinzas? Torçamos para que sim! Senão… &;-D