… para a aceleração de hardware para Linux! Quando as “placas aceleradoras de vídeo” chegaram ao mercado no final dos anos 90, um dos aspectos que mais me deixaram empolgados em relação ao uso dos seus recursos de hardware, não estavam atrelados apenas aos jogos e sim, as diversas aplicações gerais em que poderiam ser usadas as suas GPUs como unidades computacionais matemáticas, para melhorar a performance na execução destas aplicações, além de prover belos recursos visuais para os ambientes gráficos disponíveis para desktops…
“Steam helped to herald in an age of gaming on Linux like no other software. But for the longest time, Linux users had to deal with performance issues that made it lag behind that of Windows. Animations would often lag and the UI (as a whole) wasn’t nearly as responsive as it should be. Say goodbye to those performance issues, thanks to the latest stable update of the platform. With the latest iteration, users can finally take advantage of hardware acceleration…”
— by Linux Magazine.
Porém, a sua popularização neste aspecto deixou bastante a desejar, seja pelo fato de não haver um padrão bem consolidado no mercado (a Nvidia promovia apenas a sua API proprietária CUDA e a AMD/ATI não oferecia um bom suporte para o OpenCL), ou por não haverem drivers maduros para as distribuições GNU/Linux. No entanto, algumas aplicações passaram a dar suporte para a aceleração ao hardware 3D, embora de forma relativamente lenta, sendo que muitas delas apresentavam problemas de funcionamento (lentidão, instabilidades e travamentos), obrigando os usuários a desativar o recurso em questão para manter a compatibilidade.
Uma delas é justamente o próprio Steam Client, uma aplicação que possibilita o acesso aos serviços oferecidos pela plataforma de serviços da empresa. A versão designada para rodar em sistemas GNU/Linux sofria com problemas de desempenho, destacand-se as animações atrasadas e a interface pouco responsiva. Não mais: a empresa anunciou em seu site oficial, uma nova atualização que possibilita tirar proveito dos recursos de aceleração de hardware 3D, embora ainda não seja estável, se utilizada a combinação GPUs da Nvidia e o servidor gráfico X11!
Dentre as demais melhorias promovidas pela nova versão, está um melhor suporte para o ambiente gráfico KDE Plasma, mais opções para a exibição de notificações, uma sobreposição revisada no jogo, nova funcionalidade de notas, recursos visuais bastante aprimorados e inúmeras correções de bugs. Por não se tratar de um software de código aberto (e por isto, não fazer parte do repositório oficial de muitas distribuições), talvez seja necessário realizar a sua atualização manualmente, através do menu Steam -> Check for Steam Client Updates.
Embora não utilize mais os PCs desktops como plataforma de jogos e muito menos os sistemas GNU/Linux para rodar os (poucos) títulos disponíveis, ainda assim não deixo de admirar os esforços da Steam em prol do Linux & Software Livre. Além de promover o suporte ao Tux “dentro das suas possibilidades”, a empresa também mantém uma distribuição otimizada para a execução de jogos (SteamOS) e uma implementação integrada e avançada do WINE para rodar jogos compilados para o Windows em sua própria plataforma (Proton).
E se um dia eu voltar para os PCs desktops como plataforma de jogos… &;-D