SSD do PlayStation 5 oferece vazão de dados 5x maior que o necessário!

Na área de Informática & Tecnologia, nem sempre “mais é mais”: muitas vezes, recursos de hardware exagerados e especificações técnicas bem acima daquilo que é realmente necessário, não só não contribuem com o aumento da performance geral, como também acabam trazendo problemas relacionados a compatibilidade, além de custos extras desnecessários. PCs desktops com +32 GB de memória RAM, CPUs com alta velocidade de clock, placas de vídeo que renderizam cenas acima de 60 FPS e Internet acima dos 100 Mbps, são belos típicos…

“In a recent interview with Wired, PlayStation 5 architect Mark Cerny said that developers had modest requests when it came to storage. Most devs wanted a solid state drive in the PS5 that could deliver at least 1GB/sec read speeds, but Sony had other plans with its ultra-fast SSD tech. The PS5 actually delivers 5x the requested performance target that developers requested with up to 5.5GB/sec speeds for uncompressed data (compressed data can be read at 9.9GB/sec thanks to the potent Kraken compression technology used in the PS5).”

— by TweakTown.

No caso do console PlayStation 5, a primeira coisa que observei em suas especificações técnicas, foi a taxa de vazão de dados do seu SSD, o qual consegue transferir incríveis 5.5 GB/seg de dados não comprimidos! Na minha opinião, a solução da Microsoft é “melhor”, por equilibrar uma unidade de armazenamento que, embora oferecesse a metade da em termos de performance, certamente teria um custo menor para implementar (posteriormente descobri que ela utiliza apenas 2 vias PCI-express ao invés de 4). E segundo Mark Cerny (arquiteto do PlayStation 5), os desenvolvedores de jogos queriam velocidades bem mais modestas: “apenas” 1 GB/seg! Segundo Cerny, a Sony outros planos para a sua tecnologia de SSD ultra-rápida…

Além de dispor uma margem de erro (bem) maior, eles também integraram a tecnologia de compressão de dados Oodle Kraken da RAD Tools, a qual é uma solução de hardware dedicada e que por sua vez, possibilita duplicar a taxa de vazão para dados comprimidos, além de reduzir o volume de dados a serem baixados pela Internet (jogos como Subnautica são 70% menores no PS5 e o Control Ultimate Edition encolheu pela metade). E se não bastasse, a Sony também trabalhou em conjunto com a Marvell, para fazer um controlador de memória de 12 canais personalizado, para ajudar a acelerar as velocidades por meio de técnicas avançadas de gestão de dados. Para conseguir toda esta performance, o PS5 usa um controlador de flash personalizado Marvell Titania 2, que por sua vez funciona sobre o barramento de dados PCI-Express 4.0.

O que a Sony não conta é que apesar da excelente performance, o seu sistema de armazenamento se tornou o calcanhar de aquiles do PS5, já que ele oferece apenas 825 GB de espaço livre e encarece bastante o console em geral. Para variar, a sua solução de armazenamento externo requer um SSD compatível com o slot M.2 e com suporte para o padrão Gen.4, os quais também são bastante caros. Por fim, apesar de ser possível utilizar HDDs e SSDs tradicionais, o console não permitirá inicializar jogos do PS5 armazenados neles, já que não foram designados para o console em questão. Não teria sido melhor designar SSDs menos velozes, porém mais baratos ou com maior capacidade de armazenamento, ao mesmo tempo em que mantém o mesmo padrão de qualidade e durabilidade?

E volto a afirmar: as unidades híbridas seriam soluções perfeitas! &;-D