Deixe-me ver se eu entendi: o novo jogo baseado nas histórias de Star Wars, que será lançado pela Ubisoft, de mundo aberto e voltado para a exploração, centrado na liberdade do personagem em fazer “o que quiser e bem entender” (sem contar que terá um monte de missões e lugares para explorar), não vai permitir que os jogadores possam voar “sempre que quiserem” pelos mundos? Ok. Vamos dar o benefício da dúvida e apostar que este será mais um grande título da Ubisoft, ao invés de mais mais um jogo de mundo aberto inchado e repetitivo…
“Star Wars Outlaws was first revealed earlier this year during Ubisoft Forward 2023, but since then we’ve learned quite a bit about this upcoming action-adventure shooter set in a galaxy far far away. Despite being an open-world adventure focused on freedom of exploration, the game does have limits when it comes to flying above planets in space. But this is a good thing.”
— by Windows Central.
Sendo desenvolvido desde a pré-pandemia (2019), relevado pela primeira vez no início deste ano (2023) e previsto para ser lançado já no próximo ano (2024), Star Wars: Outlaws será um jogo de ação e aventura estilo FPS, com o objetivo de entregar uma total liberdade de abordagem, conforme as informações de Julian Gerighty (diretor criativo da empresa). No entanto, foi descoberto que os vôos livres não serão permitidos no espaço, pois além desta restrição se tratar de “voar acima de planetas no espaço”, os jogadores também deverão escolher uma área de pouso pré-definida, ao invés de poderem pousar em qualquer lugar.
Para variar, o tamanho das áreas para a exploração destes planetas também não foram bem esclarecidos. Apesar de Gerighty ter mencionado que estas áreas são de duas a três vezes o tamanho dos mapas de jogos Assassin’s Creed mais antigos (Unity ou Syndicate), estes mapas por sua vez são bem menores que os mapas dos títulos mais recentes (Odyssey e Valhalla), o que por sua vez dá a entender que eles não serão tão grandes o quanto esperamos (para os padrões atuais). Por fim, as restrições para os vôos também foram feitas em vista das grandes exigências em termos de desenvolvimento, em contraste com o pouco retorno.
Segundo Gerighty, o foco dos desenvolvedores era fazer com que a exploração se sentisse sob seu controle, realmente focando no que mundo aberto significa para o jogador, que (na sua visão) é total liberdade de abordagem (dentro das possibilidades e opções oferecidas pelo jogo). Além de ser mais focado no enredo, estas restrições podem mudar a experiência como um todo: de uma diversão “sob controle”, para algo como “um trabalho árduo sem fim”, tal como tem sido feito em Star Wars Jedi: Survivor (o qual não há libertade alguma em termos de vôos). A idéia é manter o jogador engajado, ao invés de perdê-lo por cansaço!
Esta não é a primeira vez que a Ubisoft propõe reformulações e mudanças, para tornar os seus títulos de mundo mais “focados e engajados”. Um belo exemplo disso está no próprio Assassin’s Creed: Mirage, que por sua vez terá o sistema de diálogos e as mecânicas de RPG removidas, além de uma boa redução do tamanho dos mapas, bem como a retirada de missões sem muita importância. Seja como for, não vejo como as restrinções de vôo se encaixam neste contexto, mas se elas possibilitarem a criação de jogos mais interessantes, que assim seja.
Caso contrário, continuarei jogando apenas AC, The Division e Far Cry… &;-D