Quando experimentei o Writely (editor de textos online do Google) pela primeira vez, confesso que não gostei muito da experiência em questão. Além de ser dotado de uma interface simplória, com poucos recursos e com uma certa lentidão, a aplicação se parecia bastante com o rudimentar editor de textos Wordpad. Para variar, a idéia de manter os meus documentos armazenados “nas nuvens”, também era algo que me incomodava bastante, em vista das minhas preocupações em relação a segurança de dados…
“In 2005, an easy-to-use, online word processor called Writely launched. A year later, the collaborative writing tool became part of Google, and over time it evolved into Google Docs. Officially launched to the world in 2006, Google Docs is a core part of Google Workspace. It’s also, as of today, 15 years old. But it wasn’t always so obvious how useful – and loved – Docs would become.”
— by Google blog.
Contrariando as minhas expectativas, o editor de documentos online obteve um grande sucesso e se tornou uma excelente opção para fazer trabalhos mais simples, uma vez que a grande maioria dos usuários não utilizam os recursos avançados, os quais são encontrados em suites “da pesada” como o Microsoft Office e o LibreOffice. E junto com as aplicações Google Sheet (planilha eletrônica) e o Google Slides (apresentações), ele formou a base do que viria a ser suíte de escritório Google Docs. Posteriormente, outras aplicações também vieram e por fim, o serviço passou a ser chamado de Google Workspace.
Desde então, 15 anos se passaram e por isto, o Google resolveu comemorar o aniversário desta aplicação, publicando em seu blog um vídeo (hospedado no Youtube) e uma postagem. No vídeo em questão, ela destaca as funções integradas da suíte, com destaque para as aplicações Drive, Calendar, Meet e Gmail. Já na postagem, ela relaciona 15 tópicos interessantes sobre o Google Docs em sua história, destacando as grandes atualizações, os nomes de widgets baseados em comidas típicas de café da manhã, os templates de grande sucesso e os easter-eggs de maior impacto. A comunidade de usuários que se formou em volta também não foi esquecida, pois alguns nomes e seus trabalhos também foram citados.
Embora não seja fã desta suíte, confesso que foi graças a ela e sua evolução, que me inspirou na produção do artigo “O OpenOffice.org deveria ser uma suíte light?”, publicado na época em que ainda era um dos editores do Guia do Hardware. Inclusive, ainda tenho esperanças de que o LibreOffice (suíte derivada do OpenOffice.org) promova a adoção destas idéias, já que agora a fundação desenvolve as edições Enterprise (para o uso corporativo) e Community (para os usuários em geral). Já que esta suíte de escritório suporta o uso de extensões (tal como acontece com os navegadores WEB), quem sabe ela se dedica ao software de base e permita que terceiros desenvolvam os componentes adicionais?
Pois o GNOME já provou para o mundo que “menos é mais”… &;-D