Eis, algo que na minha opinião, não faz sentido algum: fazer o overclock de uma CPU voltada para o baixo consumo! Além do ganho de performance não ser algo lá expressivo (já que esta categoria de produtos foi designada para oferecer a máxima autonomia possível), em geral estas operações obrigam os usuários a personalizarem o sistema de refrigeração, colocando soluções de dissipação térmica ativa, que acabam afetando o design do projeto…
“The Raspberry Pi 5 is already the fastest Raspberry Pi ever made, but there’s free, extra performance buried deep inside. All we need are a few lines of code and some cooling to unlock the full potential of the new Raspberry Pi flagship. We’ve written in the past about the benefits of overclocking a Raspberry Pi 4 specifically, and we managed a stable 2,147 MHz (from a then stock 1500 Mhz, stock is now 1800 MHz) with active cooling. But we can overclock any model of Raspberry Pi, even the original from 2012!”
— by Tom’s Hardware.
Ou talvez, eu esteja enganado: Les Pounder (editor do Tom’s Hardware) publicou um simples tutorial para realizar o overclock da CPU e da GPU do novo Raspberry Pi 5, com o objetivo de extrair ao máximo da sua performance! Se as minhas ponderações sobre esta “insanidade” já não bastassem, a nova plaquinha computacional já oferece uma CPU quad-core com velocidade de clock de 2.4 GHz e uma GPU de 800 MHz, tornando-a a mais poderosa solução de baixo custo para propósitos gerais. Ou talvez não: custando a partir de 60 dólares, talvez já possamos classificá-la como intermediária…
Através da edição de um simples arquivo de texto (/boot/config.txt) e da adição de algumas linhas para definir as velocidades desejadas e a ativação do modo turbo (e assim, explorar a sua máxima performance), poderemos realizar estas configurações sem maiores esforços, embora os valores adotados (3.0 GHz para a CPU e 1 GHz para a GPU) possam deixar o sistema instável a ponto de não funcionar. Isto se dá devido a qualidade de construção diferenciada para cada SoC e por isto, recomenda-se remover o cartão SD que contém a imagem do sistema e assim, redefinir os valores de clock para velocidades inferiores.
Pessoalmente, não sou fã de overclocks em geral. Nos tempos em que eu trabalhava com manutenção e suporte de PCs, pude notar uma certa degradação dos componentes eletrônicos das placas-mãe que sustentavam as unidades com overclocks aplicados, em vista da necessidade do aumento de tensão para manter o sistema estável, além da geração de calor. Por outro lado, esta prática não afeta muito a integridade das CPUs, já que elas são duráveis por décadas e mesmo com uma redução da sua vida útil, ainda assim poderá ser utilizada até se tornar obsoleta.
Já underclocks, são outros quinhentos (uso e abuso deles)! &;-D