Eis, uma pergunta tão antiga quanto os primeiros jogos 3D. Na época, a potência dos processadores faziam uma boa diferença na performance geral do sistema, já que muitas das instruções relacionadas a renderização de imagens 3D, eram feitas pelas CPUs. Mas a partir do momento em que as “placas aceleradoras de vídeo 3D” passaram a contar com suporte para a tecnologia T&L (Transform, Clipping and Lighting), as demandas passaram a se concentrar mais no subsistema gráfico…
“Let’s say you built a PC decked with a premium processor, high-end graphics card, and tons of RAM a few years ago. Back when you assembled your system, it could run all games with max settings without breaking a sweat. But with the latest innovations in the world of computing, your system might not be able to keep up with your gaming needs, and you might find yourself in need of some hardware upgrades. Assuming your system isn’t heavily bottlenecked…”
— by XDA Developers.
Desde então, criou-se o “conceito” de que as CPUs não exerciam um importante papel na performance geral do sistema. Se por um lado a utilização do T&L (via hardware) tornou a CPU mais “ociosa”, por outro os jogos evoluíram com o passar dos anos, exigindo recursos computacionais não só das CPUs e GPUs, como também de todos os subsistemas envolvidos. Sim, uma boa CPU irá melhorar a performance geral do sistema em jogos 3D, aumentando a quantidade de FPS gerados; porém, este aumento tende a ser modesto na maioria dos casos, dado o fato de que os jogos tendem a explorar mais os recursos gráficos de uma placa de vídeo 3D.
Ayush Pande (escritor do XDA Developers), publicou um interessante artigo sobre o tema, destacando o equilíbrio entre a CPU e a GPU na performance geral do sistema durante a execução de jogos 3D. Com base nas informações exibidas pelo Gerenciador de Tarefas, uma ferramenta nativa do Windows que possibilita gerenciar a utilização dos recursos de hardware. Se porventura a carga da CPU estiver no teto (100%) ao mesmo tempo em que a GPU não ultrapassa determinados valores (75%), a conclusão óbvia é que o processador se tornou o gargalo do sistema e a sua troca se faz realmente necessária.
Além disso, diferentes tipos de jogos fazem o uso dos recursos computacionais de forma específica, os quais alguns exigem mais da CPU do que a GPU! Já em relação a qualidade gráfica, as definições feitas para utilizar resoluções superiores ao Full-HD, também podem exigir recursos das CPUs (e não somente das GPUs). Já os emuladores de jogos, eles geralmente impõem uma forte carga de processamento nas CPUs, para promover a conversão das instruções de jogos para os quais foram inicialmente, compilados para funcionar em uma plataforma. Por fim, aspectos inerentes aos processadores como a velocidade de clock, também é mais importante que a quantidade de núcleos, dada a natureza destas aplicações.
Por isto, se torna fundamental não só escolher boas CPUs (de intermediárias a avançadas), como também selecionar corretamente a plataforma que será utilizada (placas-mãe & chipsets), priorizando sempre que possível as gerações atuais. Capacidade de alcançar velocidades de clocks mais altas (preferencialmente com multiplicadores de clock destravados), bem como a quantidade de memória cache, também devem ser observados. E ainda assim, não temos a garantia de que estes componentes vão faze a diferença na execução dos jogos (e outras aplicações gráficas), já que cada categoria exige diferentes tipos de recursos.
Inclusive, este é o motivo pelo qual continuo preferindo os consoles… &;-D