Que o Nintendo Switch reina absoluto, não há como contestar! O PlayStation Vita até seria um bom concorrente, se recebesse uma atenção especial da Sony e fosse dotado de especificações técnicas mais interessantes, ao mesmo tempo em que oferecesse mais atrativos para a plataforma (os bons jogos AAA são poucos e caros, o armazenamento é proprietário, as aplicações não rodavam com bom desempenho, etc). Ainda assim, existe uma esperança quanto ao surgimento de futuros concorrentes que possam dar um fim a esta hegemonia…
“Steam Deck™ is the most powerful, full-featured gaming handheld in the world. We partnered with AMD to create Steam Deck’s custom APU, optimized for handheld gaming. It is a Zen 2 + RDNA 2 powerhouse, delivering more than enough performance to run the latest AAA games in a very efficient power envelope.”
— by Steam Deck.
A Valve lançou o Steam Deck, o console portátil da empresa que irá concorrer com o Switch! O dispositivo em questão é dotado de um tela de 7″ com funções de toque e definição de 1280×800, além de ser equipado com um APU da AMD baseada nas arquiteturas Zen 2 e RDNA 2 (as mesmas utilizadas nos consoles de nova geração) e 16 GB de memória RAM LPDDR5. Quanto ao armazenamento, as opções vão de 64 GB eMMC a 512 GB NVMe, podendo ser ampliado através do uso de cartões SD. Por fim, o aparelho irá oferecer uma bateria de 40 W/h, a qual terá a capacidade de promover de 7 a 8 horas de “uso leve”!
Além dos tradicionais joysticks analógicos, o novo console também irá dispor de dois touchpads, os quais segundo a Valve, irá garantir uma maior precisão em jogos FPS. O portátil também irá oferecer um dock como acessório, possibilitando conectar monitor, teclado e mouse, para expandir a experiência de jogo para a “tela grande”. A parte mais interessante está a nível de software: o Steam Deck roda um sistema operacional próprio: o SteamOS 3.0. Este por sua vez, é baseado em uma distribuição Linux (Arch) e utiliza uma interface gráfica totalmente personalizada, baseada nas bibliotecas do ambiente gráfico KDE Plasma!
Se por um lado a escolha do Linux poderá oferecer mais opções de customização e menos uso de recursos de hardware (o que irá garantir um melhor desempenho na execução dos jogos), por outro ele também irá restringir bastante as opções de jogos, já que a plataforma Windows oferece muito mais títulos em comparação ao Linux. No entanto, o sistema já vem com as bibliotecas do Proton, que por sua vez é derivado do WINE e oferece a possibilidade de rodar jogos nativos do Windows no Linux, embora com uma certa perda de performance.
Pessoalmente, achei o design do aparelho bem desajeitado, embora tenha uma boa disposição ergonômica. Inclusive, ele poderia ser perfeitamente adaptado para a concepção de uma versão mais leve (tal como o Switch Lite), pois se os touchpads forem removidos, o dpad e os demais botões forem reposicionados para o seu lugar, teremos um dispositivo bem mais bonito, ergonômico e (que sabe) mais em conta. Pois falando em preço, preparem-se: a edição mais em conta do Steam Deck irá custar “apenas” US$ 399,00!
Na boa: prefiro o bom e “velho” GPD Win 3 (embora custe o dobro)… &;-D